Tony e Claire ainda estavam se encarando,
quando Davis perguntou ao policial:
- Você a conhece?
- Claro! – respondeu ele – Ela também é
agente do FBI.
Entrada por onde
a Equipe da SWAT-D2 passara: 8:02 p.m.
Um lindo Porsche cinza acabou de entrar em Bayherd, cujo motorista é Terry
Mendez, integrante do Corpo de Bombeiros de Filadélfia.
Terry estava na cidade para passar seus
três dias de folgas, pois seus pais e seu irmão mais novo moram em Bayherd.
Assim que chegou, o rapaz virou a primeira
direita, quando estranhou algo diferente nas ruas e casas:
Se você ainda não sabe a sensação de estar
em Bayherd, vai aí uma pequena idéia.
Imagine você aí em seu bairro, às duas
horas da madrugada, andando pelas ruas sozinho. Sem falar nos carros pegando
fogo em resultado de batidas, ruas ensangüentadas, muros e paredes de casas
também ensangüentadas, vitrines de lojas e janelas de casas quebradas e
rachadas, e, finalmente, mortos vagando pelas ruas e pelas calçadas, todos
querendo te devorar. Sem mencionar ainda o som de cachorros latindo à distância
e gemido de pessoas, parecendo todas assustadas, lembrando o “UUUUUUUUUHHH…” de
fantasmas.
Era isso que Terry sentia, mas ele não sabia
ainda sobre os zumbis.
- O que será que houve aqui? – se
perguntava toda hora, cada vez que via as coisas destruídas.
Ele não vira quase ninguém desde quando
chegou na cidade, apenas três ou quatro pessoas vagando pelo meio das ruas –
aparentemente sem rumos.
Mas ele ignorou e continuou seu caminho até
a casa dos pais.
Entrada sul de
Bayherd: 8:02 p.m.
- Meu Deus! O que houve aqui? – Michael
estava realmente muito espantado. Ele e Robert acabaram de chegar na cidade, e
logo viram uma paisagem muito assustadora.
- Eu acho que isso é resultado de alguma
guerra.
De repente, um homem vestido de soldado –
aparentemente um nazista – entrou correndo numa loja mais a frente do carro de
Michael.
- Parece que achamos nossa primeira informação.
Ele parou o carro em frente ao lugar.
Depois ele e Robert saíram do veículo e correram em direção à loja.
- Qual é o plano? – perguntou Robert.
- Plano? – ironizou Michael – Que plano?
Ambos iam abrir a porta de vidro da loja,
quando:
PA! PA! PA! PA!
- O que foi isso? – perguntou o ex-policial.
- Tiros – respondeu Michael – E vem de
longe. Do nordeste da cidade.
Robert deu uma olhada para a rua, e então
se espantou:
- Parece que temos companhia!
- Companhia? – Michael olhou para onde
Robert apontava, e viu dezenas de “pessoas” se aproximando deles.
- Pessoas? – Michael estranhou.
- Pessoas não! – disse o ex-federal –
ZUMBIS!
Os dois correram em direção ao carro.
- O que são eles? – Michael estava muito
assustado.
- Sei lá. Pergunte a eles.
Quando as pessoas estavam muito próximas,
eles entraram no veículo. Depois Michael pisou fundo no acelerador e rumou
sentido norte.
Entrada norte de
Bayherd: 8:02 p.m.
Num carro verde estava a repórter Emily
Fardner e seu camera-man, Jason Schnader, ambos trabalhando para a emissora de
TV da pequena cidade.
Emily estava, junto de seu fiel companheiro,
fazendo uma reportagem em
Filadélfia. Mas quando voltaram encontraram a cidade toda
destruída. Agora estão vagando por Bayherd para ver se encontram alguma pessoa
normal, pois os dois acreditam que as que encontraram desde que chegaram não
são humanas.
- Emily, você acha que isso é algum tipo de
filme? – perguntou Jason, que estava dirigindo.
- Filme? – respondeu a repórter – Pelo amor
de Deus! Se isso fosse um filme, você acha que o norte todo de Bayherd estaria
assim, Jason?
- Ah, mas foi apenas uma hipótese.
Jason era aquele tipo de cara desastrado,
apesar de bonito. Ele trabalha junto de Emily há dois anos e meio, e desde
então não se separam. Jason gosta dela, mas é muito tímido para admitir.
Por outro lado, Emily vê Jason como um
irmão mais novo, apesar de ele ser mais velho que ela. Ela nunca desconfiou –
ou desconfia – que está sendo amada às escondidas. Mas Emily gosta do rapaz, e
os dois são ótimos amigos.
- Não sei se você percebeu, Jason – ela
falou -, mas acho que essas pessoas que vimos até agora são, sei lá… zumbis?
- Zumbis? Você não acredita nisso, acredita?
– Jason, apesar de parecer nada preocupado, estava morrendo de medo. Emily
percebia isso claramente, mas não falava nada para não constranger o amigo.
- Ah, vai saber! Do jeito que o mundo está
hoje eu acredito em qualquer coisa.
Eles continuaram rondando o norte da cidade
sentido oeste, quando, de repente, Jason virou numa das ruas “não-bloqueadas
por veículos batidos” e se deparou com alguém.
- Cuidado, Jason – gritou Emily. Então ele
desviou do indivíduo, mas, graças a isso, bateu o carro num poste.
PAAK!!!
- Emily, você está bem? – Jason perguntou
enquanto abria a porta do carro. Por pouco eles não se machucam, pois a batida
foi quando eles estavam lentos, na entrada da rua. Mesmo assim o carro ficou
muito danificado.
- Acho que sim – ela respondeu -, mas o
carro já era!
No Malold’s Bar…
Sophia e Connor acabaram de sair do
aeroporto dos mortos, assim se salvando. Mas eles perceberam que o refúgio não
era o lugar mais seguro: Bayherd também estava infestada de zumbis.
Eles se viram cercados depois de bater o
carro – que encontraram no estacionamento do aeroporto – e entraram no Malold’s
Bar. Mas tiveram uma grande surpresa, pois lá também havia zumbis. Connor os
exterminou e depois os dois ouviram um barulho.
- Vem do banheiro – disse o
rapaz.
Sophia se aproximou da porta. Connor disse,
entregando sua Shotgun à ela:
- Vou arrombar a porta. Se for um inimigo,
atire!
Ele tomou distância e correu em direção à
porta. Arrombou. Assim que abriu o caminho, Sophia já estava mirando no outro
rapaz, que estava escondido.
- Por favor, não atire – disse apavorado,
com as mãos para cima.
- Quem é você? – perguntou Connor.
- Não se preocupe, não sou zumbi.
Ambos saíram do banheiro, enquanto Sophia
abaixava a arma e a entregava à Connor.
- Eu sou
Alexander Malold, mas podem me chamar de Alex.