quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Capítulo 15: Entrando em Bayherd. Parte 2


    Tony e Claire ainda estavam se encarando, quando Davis perguntou ao policial:
    - Você a conhece?
    - Claro! – respondeu ele – Ela também é agente do FBI.

Entrada por onde a Equipe da SWAT-D2 passara: 8:02 p.m.

    Um lindo Porsche cinza acabou de entrar em Bayherd, cujo motorista é Terry Mendez, integrante do Corpo de Bombeiros de Filadélfia.
    Terry estava na cidade para passar seus três dias de folgas, pois seus pais e seu irmão mais novo moram em Bayherd.
    Assim que chegou, o rapaz virou a primeira direita, quando estranhou algo diferente nas ruas e casas:
   
    Se você ainda não sabe a sensação de estar em Bayherd, vai aí uma pequena idéia.
    Imagine você aí em seu bairro, às duas horas da madrugada, andando pelas ruas sozinho. Sem falar nos carros pegando fogo em resultado de batidas, ruas ensangüentadas, muros e paredes de casas também ensangüentadas, vitrines de lojas e janelas de casas quebradas e rachadas, e, finalmente, mortos vagando pelas ruas e pelas calçadas, todos querendo te devorar. Sem mencionar ainda o som de cachorros latindo à distância e gemido de pessoas, parecendo todas assustadas, lembrando o “UUUUUUUUUHHH…” de fantasmas.

    Era isso que Terry sentia, mas ele não sabia ainda sobre os zumbis.
    - O que será que houve aqui? – se perguntava toda hora, cada vez que via as coisas destruídas.
    Ele não vira quase ninguém desde quando chegou na cidade, apenas três ou quatro pessoas vagando pelo meio das ruas – aparentemente sem rumos.
    Mas ele ignorou e continuou seu caminho até a casa dos pais.

Entrada sul de Bayherd: 8:02 p.m.

    - Meu Deus! O que houve aqui? – Michael estava realmente muito espantado. Ele e Robert acabaram de chegar na cidade, e logo viram uma paisagem muito assustadora.
    - Eu acho que isso é resultado de alguma guerra.
    De repente, um homem vestido de soldado – aparentemente um nazista – entrou correndo numa loja mais a frente do carro de Michael.
    - Parece que achamos nossa primeira informação.
    Ele parou o carro em frente ao lugar. Depois ele e Robert saíram do veículo e correram em direção à loja.
    - Qual é o plano? – perguntou Robert.
    - Plano? – ironizou Michael – Que plano?
    Ambos iam abrir a porta de vidro da loja, quando:
    PA! PA! PA! PA!
    - O que foi isso? – perguntou o ex-policial.
    - Tiros – respondeu Michael – E vem de longe. Do nordeste da cidade.
    Robert deu uma olhada para a rua, e então se espantou:
    - Parece que temos companhia!
    - Companhia? – Michael olhou para onde Robert apontava, e viu dezenas de “pessoas” se aproximando deles.
    - Pessoas? – Michael estranhou.
    - Pessoas não! – disse o ex-federal – ZUMBIS!
    Os dois correram em direção ao carro.
    - O que são eles? – Michael estava muito assustado.
    - Sei lá. Pergunte a eles.
    Quando as pessoas estavam muito próximas, eles entraram no veículo. Depois Michael pisou fundo no acelerador e rumou sentido norte.

Entrada norte de Bayherd: 8:02 p.m.

    Num carro verde estava a repórter Emily Fardner e seu camera-man, Jason Schnader, ambos trabalhando para a emissora de TV da pequena cidade.
    Emily estava, junto de seu fiel companheiro, fazendo uma reportagem em Filadélfia. Mas quando voltaram encontraram a cidade toda destruída. Agora estão vagando por Bayherd para ver se encontram alguma pessoa normal, pois os dois acreditam que as que encontraram desde que chegaram não são humanas.
    - Emily, você acha que isso é algum tipo de filme? – perguntou Jason, que estava dirigindo.
    - Filme? – respondeu a repórter – Pelo amor de Deus! Se isso fosse um filme, você acha que o norte todo de Bayherd estaria assim, Jason?
     - Ah, mas foi apenas uma hipótese.
    Jason era aquele tipo de cara desastrado, apesar de bonito. Ele trabalha junto de Emily há dois anos e meio, e desde então não se separam. Jason gosta dela, mas é muito tímido para admitir.
    Por outro lado, Emily vê Jason como um irmão mais novo, apesar de ele ser mais velho que ela. Ela nunca desconfiou – ou desconfia – que está sendo amada às escondidas. Mas Emily gosta do rapaz, e os dois são ótimos amigos.
    - Não sei se você percebeu, Jason – ela falou -, mas acho que essas pessoas que vimos até agora são, sei lá… zumbis?
    - Zumbis? Você não acredita nisso, acredita? – Jason, apesar de parecer nada preocupado, estava morrendo de medo. Emily percebia isso claramente, mas não falava nada para não constranger o amigo.
    - Ah, vai saber! Do jeito que o mundo está hoje eu acredito em qualquer coisa.
    Eles continuaram rondando o norte da cidade sentido oeste, quando, de repente, Jason virou numa das ruas “não-bloqueadas por veículos batidos” e se deparou com alguém.
    - Cuidado, Jason – gritou Emily. Então ele desviou do indivíduo, mas, graças a isso, bateu o carro num poste.
    PAAK!!!
    - Emily, você está bem? – Jason perguntou enquanto abria a porta do carro. Por pouco eles não se machucam, pois a batida foi quando eles estavam lentos, na entrada da rua. Mesmo assim o carro ficou muito danificado.
    - Acho que sim – ela respondeu -, mas o carro já era!
   
No Malold’s Bar…

    Sophia e Connor acabaram de sair do aeroporto dos mortos, assim se salvando. Mas eles perceberam que o refúgio não era o lugar mais seguro: Bayherd também estava infestada de zumbis.
    Eles se viram cercados depois de bater o carro – que encontraram no estacionamento do aeroporto – e entraram no Malold’s Bar. Mas tiveram uma grande surpresa, pois lá também havia zumbis. Connor os exterminou e depois os dois ouviram um barulho.
    - Vem do banheiro – disse o rapaz.
    Sophia se aproximou da porta. Connor disse, entregando sua Shotgun à ela:
    - Vou arrombar a porta. Se for um inimigo, atire!
    Ele tomou distância e correu em direção à porta. Arrombou. Assim que abriu o caminho, Sophia já estava mirando no outro rapaz, que estava escondido.
    - Por favor, não atire – disse apavorado, com as mãos para cima.
    - Quem é você? – perguntou Connor.
    - Não se preocupe, não sou zumbi.
    Ambos saíram do banheiro, enquanto Sophia abaixava a arma e a entregava à Connor.
    - Eu sou Alexander Malold, mas podem me chamar de Alex.