Quase um ano depois: Departamento de Polícia de Paris/França - 3:02 p.m.
- Me chamou, Sr. Francis? - perguntou o policial ao entrar na sala do delegado.
- Sim, agente - respondeu o delegado.
- E para que seria?
- Primeiro sente-se - disse o outro, apontando para a poltrona em frente à sua mesa; o policial se sentou, depois o Sr. Francis iniciou: - Henry Duller, você sabe que é um dos meu melhores oficiais, certo?
- Por que o senhor está me fazendo essa pergunta?
- Por que eu quero que você se prepare, pois te mandarei numa missão muito importante e secreta amanhã cedo.
- E que tipo de missão é essa?
- Por meio de informantes - respondeu o delegado - descobri que há nazistas se preparando para outro grande ataque terrorista, e eu quero que você os espione para tentar descobrir quando, onde e por que.
Henry estranhou.
- Eu pensei que esses nazista já tivessem desaparecido com o fim da Segunda Guerra Mundial - falou.
- Eu também achei isso tudo muito estranho, mas recebi apenas essa informação.
- Mas e o Thomas? Posso chamá-lo?
- Melhor não - lamentou o delegado -, esse é o tipo de missão que exige muito cuidado, então eu acho que sozinho será a melhor opção.
- Entendido, senhor - se entusiasmou Henry -, prometo que não fracassarei!
- Está certo, então. Henry, você partirá amanhã às sete.
- Certo.
- Ah!, e lembre-se: não espalhe isso a ninguém.
- Sim, senhor.
Henry se despediu e se foi, enquanto o delegado Francis ficava pensativo no seu lugar.
Horas depois: ruas movimentadas de Tóquio/Japão
Era noite em Tóquio, e a cidade, como sempre, estava muito agitada com carros nas ruas e pessoas nas calçadas e em lojas ou shoppings.
Um helicóptero de uma emissora de TV cobria, pelo alto, uma perseguição policial, enquanto o repórter dava a notícia ao vivo:
- Estamos sobrevoando, flagrando uma perseguição policial nas ruas de Tóquio. Sabemos que quatro bandidos roubaram cerca de 250 mil yens do Banco do Japão e fugiram entrando no carro da quadrilha, que estava estacionado - close no carro dos bandidos, que estava em alta velocidade na rua. - Depois apareceram três viaturas da Polícia Civil - close nos carros da polícia (uns dez metros atrás do carro da quadrilha) - que, agora, está perseguindo esses ladrões...
A polícia continuava a seguir os bandidos, que entraram num beco escuro à direita e logo saindo numa avenida cheia de veículos. Eles continuavam em alta velocidade, passando por meio de carros e motos. Viraram à direita e depois à esquerda, onde conseguiram despistar pelo menos o helicóptero da TV, mas a polícia ainda estava perto, com sua sirene muito alta.
- Caramba, eles não desistem nunca ?! - exclamou um dos bandidos que estava no carro da quadrilha.
- Não se preocupe, eu tenho um plano - o acalmou o motorista.
Continuaram reto e, depois que passaram por cerca de 950 metros, eles viram uma ponte subindo. A ponte estava abrindo passagem para um navio de lixo, que estava transportando o entulho para a cidade vizinha através do rio.
- É agora! - disse o bandido motorista.
- O que? - ficou surpreso o outro.
- Nós vamos pular a ponte, seu babaca! - gritou um terceiro.
- Ah, não - resmungou o segundo.
- Só espero que dê certo - comentou o motorista.
E a cada segundo eles iam se aproximando da ponte.
- O que eles pensam que estão fazendo? - perguntou um dos policias - Vão pular?
- Esses caras são mesmo malucos! - disse o motorista.
- Pois é, o que o dinheiro não faz? - comentou um outro, ironizando.
Então a ponte subiu e o carro dos bandidos a pulou, deixando as viaturas paradas sem nada pra fazer a não ser esperar ela descer.
- Uuuuuuuuhhhuuuuuuuuu... - gritavam os bandidos enquanto estavam no ar.
- Droga! - lamentavam os policias. - Os perdemos.
No carro da quadrilha:
- Ufa, por pouco não conseguiríamos pular - mas quando o carro deles caiu no chão, os pneus estouraram com o impacto. Então os quatro saíram do veículo.
- Puxa, que pneus frágeis - reclamou um dos bandidos.
- Deixa pra lá. pelo menos temos o dinheiro - lembrou o mais alto.
- Agora temos que roubar o primeiro carro que acharmos e dar o fora, antes que a polícia venha novamente.
Os outros assentiram.
Eles estavam indo para a avenida com os sacos de dinheiro quando, de repente, apareceu um policial de moto com uma enorme espada nas costas.
- Hã? - se surpreendeu um dos bandidos.
- Quem é você? - perguntou o valentão da quadrilha. - E o que você quer?
- Eu sou Shizuki Hoshimuro - se apresentou o policial saindo da moto e tirando sua espada -, o homem que vai te deter.
- É o que vamos ver! - protestou o baixinho.
Menos de um minuto depois a ponte abaixou, e as viaturas, que ainda estavam esperando a ponte descer, foram até onde estavam os bandidos (do outro lado do rio).
Ao chegarem no local, os policiais saíram de seus carros e encontraram todos os quatro bandidos inconscientes no chão.
- O que será que houve aqui? - perguntou um dos policiais, meio confuso.
- Boa pergunta - respondeu o outro. Depois o mesmo avistou os sacos de dinheiro no chão perto do carro dos bandidos, que tinham os pneus estourados: - Olhem! - gritou aos seus companheiros.
- O dinheiro está ali no chão.
E, sem entender absolutamente nada, os policiais levaram o dinheiro e os bandidos