quarta-feira, 29 de junho de 2011

Capítulo 4: Policiais estrangeiros

Quase um ano depois: Departamento de Polícia de Paris/França - 3:02 p.m.

    - Me chamou, Sr. Francis? - perguntou o policial ao entrar na sala do delegado.
    - Sim, agente - respondeu o delegado.
    - E para que seria?
    - Primeiro sente-se - disse o outro, apontando para a poltrona em frente à sua mesa; o policial se sentou, depois o Sr. Francis iniciou: - Henry Duller, você sabe que é um dos meu melhores oficiais, certo?
    - Por que o senhor está me fazendo essa pergunta?
    - Por que eu quero que você se prepare, pois te mandarei numa missão muito importante e secreta amanhã cedo.
    - E que tipo de missão é essa?
    - Por meio de informantes - respondeu o delegado - descobri que há nazistas se preparando para outro grande ataque terrorista, e eu quero que você os espione para tentar descobrir quando, onde e por que.
    Henry estranhou.
    - Eu pensei que esses nazista já tivessem desaparecido com o fim da Segunda Guerra Mundial - falou.
    - Eu também achei isso tudo muito estranho, mas recebi apenas essa informação.
    - Mas e o Thomas? Posso chamá-lo?
    - Melhor não - lamentou o delegado -, esse é o tipo de missão que exige muito cuidado, então eu acho que sozinho será a melhor opção.
    - Entendido, senhor - se entusiasmou Henry -, prometo que não fracassarei!
    - Está certo, então. Henry, você partirá amanhã às sete.
    - Certo.
    - Ah!, e lembre-se: não espalhe isso a ninguém.
    - Sim, senhor.
    Henry se despediu e se foi, enquanto o delegado Francis ficava pensativo no seu lugar.

Horas depois: ruas movimentadas de Tóquio/Japão

    Era noite em Tóquio, e a cidade, como sempre, estava muito agitada com carros nas ruas e pessoas nas calçadas e em lojas ou shoppings.
    Um helicóptero de uma emissora de TV cobria, pelo alto, uma perseguição policial, enquanto o repórter dava a notícia ao vivo:
    - Estamos sobrevoando, flagrando uma perseguição policial nas ruas de Tóquio. Sabemos que quatro bandidos roubaram cerca de 250 mil yens do Banco do Japão e fugiram entrando no carro da quadrilha, que estava estacionado - close no carro dos bandidos, que estava em alta velocidade na rua. - Depois apareceram três viaturas da Polícia Civil - close nos carros da polícia (uns dez metros atrás do carro da quadrilha) - que, agora, está perseguindo esses ladrões...
    A polícia continuava a seguir os bandidos, que entraram num beco escuro à direita e logo saindo numa avenida cheia de veículos. Eles continuavam em alta velocidade, passando por meio de carros e motos. Viraram à direita e depois à esquerda, onde conseguiram despistar pelo menos o helicóptero da TV, mas a polícia ainda estava perto, com sua sirene muito alta.
    - Caramba, eles não desistem nunca ?! - exclamou um dos bandidos que estava no carro da quadrilha.
    - Não se preocupe, eu tenho um plano - o acalmou o motorista.
    Continuaram reto e, depois que passaram por cerca de 950 metros, eles viram uma ponte subindo. A ponte estava abrindo passagem para um navio de lixo, que estava transportando o entulho para a cidade vizinha através do rio.
    - É agora! - disse o bandido motorista.
    - O que? - ficou surpreso o outro.
    - Nós vamos pular a ponte, seu babaca! - gritou um terceiro.
    - Ah, não - resmungou o segundo.
    - Só espero que dê certo - comentou o motorista.
    E a cada segundo eles iam se aproximando da ponte.
    - O que eles pensam que estão fazendo? - perguntou um dos policias - Vão pular?
    - Esses caras são mesmo malucos! - disse o motorista.
    - Pois é, o que o dinheiro não faz? - comentou um outro, ironizando.
    Então a ponte subiu e o carro dos bandidos a pulou, deixando as viaturas paradas sem nada pra fazer a não ser esperar ela descer.
    - Uuuuuuuuhhhuuuuuuuuu... - gritavam os bandidos enquanto estavam no ar.
    - Droga! - lamentavam os policias. - Os perdemos.
    No carro da quadrilha:
    - Ufa, por pouco não conseguiríamos pular - mas quando o carro deles caiu no chão, os pneus estouraram com o impacto. Então os quatro saíram do veículo.
    - Puxa, que pneus frágeis - reclamou um dos bandidos.
    - Deixa pra lá. pelo menos temos o dinheiro - lembrou o mais alto.
    - Agora temos que roubar o primeiro carro que acharmos e dar o fora, antes que a polícia venha novamente.
    Os outros assentiram.
    Eles estavam indo para a avenida com os sacos de dinheiro quando, de repente, apareceu um policial de moto com uma enorme espada nas costas.
    - Hã? - se surpreendeu um dos bandidos.
    - Quem é você? - perguntou o valentão da quadrilha. - E o que você quer?
    - Eu sou Shizuki Hoshimuro - se apresentou o policial saindo da moto e tirando sua espada -, o homem que vai te deter.
    - É o que vamos ver! - protestou o baixinho.


    Menos de um minuto depois a ponte abaixou, e as viaturas, que ainda estavam esperando a ponte descer, foram até onde estavam os bandidos (do outro lado do rio).
    Ao chegarem no local, os policiais saíram de seus carros e encontraram todos os quatro bandidos inconscientes no chão.
    - O que será que houve aqui? - perguntou um dos policiais, meio confuso.
    - Boa pergunta - respondeu o outro. Depois o mesmo avistou os sacos de dinheiro no chão perto do carro dos bandidos, que tinham os pneus estourados: - Olhem! - gritou aos seus companheiros.
    - O dinheiro está ali no chão.
    E, sem entender absolutamente nada, os policiais levaram o dinheiro e os bandidos

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Jason Schnader

Nome: Jason Schnader
Idade: 28 anos
Altura: 1,83 cm
Peso: 80 Kg
Profissão: câmera (ou camera-man)
Cargo: câmera em reportagens urbanas

    Medroso, desastrado e bonito, Jason é um camera-man de uma emissora de TV. O rapaz sempre acompanha a repórter Emily em suas entrevistas e/ou reportagens. Grande amigo, simpático e tímido, assim como a repórter o vê. E Jason a ama secretamente...
    Não se sabe muito sobre seu passado, mas Jason foi um dos que presenciaram O Atentado do Metrô. Sua vida não é nada fácil, pois no trabalho Jason é zombado pelos outros funcionários (por ser muito tímido), tendo que sempre ser defendido pela melhor amiga.
    Mas isso não interfere no seu jeito. Jason é um grande amigo e muito dedicado ao trabalho. No passado, na escola, era popular entre as garotas e, consequentemente, alvo de "Bullying" dos valentões. Aparenta ser órfão, pois sempre dorme em hotéis e pensões. Apesar de ser o melhor amigo da repórter Emily, Jason ainda assim atrai muita desconfiança da moça, pois seu passado ele esconde.

Michael Regrard

Nome: Michael Regrard
Idade: 23 anos
Altura: 1,78 cm
Peso: 79 Kg
Profissão: agente do FBI
Cargo: investigador e atirador de elite

    O filho mais velho do presidente dos Estados Unidos é um grande policial federal. Não tão experiente, mas muito dedicado ao trabalho. Muito ágil, sábio e corajoso, surpreende até os policais mais velhos. Consegue se esconder facilmente como se fosse um espião e a vitória é o seu desejo mais importante.
    Michael é inteligente, simpático e tímido. Trabalha quase sempre sozinho. Entrou na polícia há apenas dois anos, e a fama de que é o filho do presidente não o atrapalha em nada, nem nas investigações, nem no ambiente de trabalho.

Shizuki Hoshimuro

Nome: Shizuki Hoshimuro
Idade: 25 anos
Altura: 1,81 cm
Peso: 82 Kg
Profissão: policial federal do Japão
Cargo: atirador de elite, motoqueiro e espião

    O melhor policial do Japão é nada mais nada menos que Shizuki. Um homem forte, veloz, ágil e, acima de tudo, inteligente. Aprendeu Artes Marciais ainda quando era criança, e hoje demonstra tudo o que sabe em suas missões, todas bem sucedidas.
    Por fora frio, por dentro simpático, sempre arruma um jeito de  escapar de encrencas, usando seu raciocínio e estratégias para se salvar e para descobrir coisas ocultas. Um grande espião, lutador e também um ótimo líder. Sabe pensar antes de agir, procura o melhor caminho para solucionar seus problemas e nunca falha.
    Seu passado é desconhecido, a única coisa que se sabe é que ele é órfão. Cresceu num orfanato, onde aprendeu muitas coisa, como, por exemplo, ser gente e saber se defender. Hoje, Shizuki é o número 1 do Japão, e está prestes a ser o número 1 da Ásia, apesar de nem ligar para essas coisas.

Henry Duller

Nome: Henry Duller
Idade: 29 anos
Altura: 1, 82 cm
Peso: 82 Kg
Profissão: policial federal do Japão
Cargo: cabo

    Henry é um policial muito honesto e prestigiado no seu cargo, sendo um dos mais conhecidos de Paris e o predileto dos delegados franceses. Suas missões são feitas sempre por ele e Thomas, seu parceiro de equipe e melhor amigo, pois os dois nunca falharam uma missão sequer. Ele é competente, muito dedicado ao trabalho e simpático. Seu lema é ajudar os inocentes e combater o crime.
    Ele tem muita habilidade  em se camuflar em lugares nas missões de espionagens, até que um dia falha e é sequestrado por seres desconhecidos. Mas isso já é outra história...
    Henry perdeu os pais na adolescência num acidente aéreo e desde  então vivia com o irmão mais novo, o protegendo. Não é tão bem humorado, nem tão chato, pois tem uma personalidade marcante, e não é de desistir. Forte, ágil e veloz, sempre procura as melhores soluções, e daria sua vida para salvar as de seus amigos.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Emily Fardner

Nome: Emily Fardner
Idade: 27 anos
Altura: 1,71 cm
Peso: 56 Kg
Profissão: jornalista
Cargo: repórter

    Uma jornalista talentosa e ambiciosa, Emily tem tudo para ser uma repórter excepcional . Tão bonita e insistente quanto curiosa e inteligente, entra profundamente nos assuntos e nunca pensa em desistir do que quer.
    Sempre acompanhada de seu câmera, Jason, a moça ingressou na carreira jornalística ainda muito cedo,com apenas 17 anos, sendo, desde então, uma das melhores da América, conhecida no mundo todo.
    Hoje Emily é solteira, mora com os pais e não sabe que é amada secretamente, amada por alguém tão próximo que nem ela mesmo desconfia.

Steve Caper

Nome: Steve Caper
Idade: 28 anos
Altura: 1,78
Peso: 83 Kg
Profissão: agente do CID
Cargo: atirador de elite e piloto de aviões

    Steve perdeu a esposa e o filho num ataque terrorista feito por nazistas numa estação de metrô de Filadélfia há um ano. Desde então o rapaz pensa apenas em vingança, o que o deixa ainda mais dedicado à profissão.
    Antes alegre e simpático, hoje mal-humorado e teimoso, só faz o que acha que é certo. Já foi policial federal. Steve é muito individualista, o que chama a atenção dos seus chefes. Atualmente, ele é um dos soldados mais importantes de onde trabalha, mas não deixa de treinar horas e horas por dia. Seu  objetivo é a vingança, e não descansará até conseguir tudo o que quer.

Richard Kingstein

Nome: Richard Kingtein
Idade: 26 anos
Altura: 1,83 cm
Peso: 84 Kg
Profissão: agente da SWAT
Cargo: auxiliar em missões

    Richard é um ótimo policial da SWAT. Escalado nas missões mais importantes e delicadas, ele dificilmente erra nas informações passadas à equipe durante suas operações. O rapaz foi promovido quando tinha apenas 19 anos, por isso já é muito experiente e decisivo, além de coletar as melhores informações e mandá-las aos seus colegas de trabalho.
    Richard é calmo, compreensivo e responsável, por isso é escolhido para receber novos policiais na agência. Não se sabe muito sobre seu passado, mas seu presente é repleto de aventura e muita adrenalina.

Davis Mores

Nome: Davis Mores
Idade: 23 anos
Altura: 1,80 cm
Peso: 80 Kg
Profissão: agente da SWAT-D2
Cargo: atirador de elite

    Novato na SWAT, Davis entrou na polícia há apenas um ano, mas em pouco tempo mostrou seu potencial e hoje é um dos policiais mais importantes de seu cargo.
    Bonito, simpático e bem-humorado, o rapaz teve um passado difícil. Perdeu os pais quando ainda era criança, o pai tentou reagir a um assalto e acabou levando 3 tiros a queima-roupa e morreu na hora, assim como sua esposa que levou apenas um tiro, porém este, foi na cabeça. O garoto conseguiu fugir, mas a lembrança da tragédia ainda o atormenta.
    Davis não é individualista, pois para ele um bom trabalho é feito em equipe. Já foi treinado no exército, e hoje faz parte da recém-fundada Divisão 2 da SWAT.

sábado, 18 de junho de 2011

Robert Cuvarel

Nome: Robert Cuvarel
Idade: 28 anos
Altura: 1,82 cm
Peso: 80 Kg
Profissao: ex-agente do FBI
Cargo: espião e atirador

    Robert está no FBI há sete anos, onde ganhou experiência e muito respeito dos outros policais, por sua coragem e determinação. Ele raramente falhava numa missão, mas ha uma primeira vez para tudo...
    Antes, um agente especial, se afastou porque falhou em uma missão, que acabou acarretando a morte de milhares de pessoas. Por isso Robert vive com um sentimento de culpa que o aterroriza a todo instante e não consegue se perdoar pelo que aconteceu.
    Antes bem humorado e simpático, hoje triste e sem dedicação a nada, o ex-agente fica dia e noite em seu apartamento sem vontade de sair nem de ter novas experiências.
    Sua mãe (falecida a 2 anos)era médica, seu pai um militar aposentado. Sua infância foi repleta de confusões. Robert sofria "Bullying" na escola por ser negro. Mas isso ele já superou, falta apenas ele esquecer seu passado e começar a construir um novo futuro.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Capítulo 3: A explosão para o mundo: Robert é um fracassado?

    Depois de salvar si próprio e ao pai da família, Robert estava inconsciente sendo levado ao hospital pela ambulância que acabara de chegar, pois já minutos após o acidente, a tragédia atraiu multidões de pessoas, viaturas de polícia, carros de perícia, equipes de socorro, o Corpo de Bombeiros e, como de costume, a imprensa.
    Uma linda mulher: cabelos curtos e castanhos, pele branca, alta e olhos azuis - uma repórter - dava a sua reportagem a uma emissora de TV:
    - Agora a pouco ocorreu uma enorme explosão na ESTAÇÃO PRINCIPAL DE METRÔ DE FILADÉLFIA. - close na entrada da estação, muito danificada. - O que se sabe é que houve poucos sobreviventes da tragédia, que estão sendo levados às preças ao hospital. - close nas equipes de socorro pondo as pessoas feridas (ou mortas) dentro da ambulâncias. - Acredita-se de que tinha cerca de 3 mil pessoas no local do acidente, seja nas plataformas ou no metrô, onde a maioria não resistiu e, infelizmente, morreu. Testemunhas disseram que viram, momentos antes do acidente, quatro homens estranhos entrando numa Mercedes preta e saindo do local rapidamente. - close na rua na qual o carro dos bandidos foi embora. - Os investigadores da polícia já estão assistindo às câmeras de segurança da estação, pois não acreditam que isso foi um simples acidente, e sim um atentado terrorista. - close na repórter. - Repórter Emily Fardner direto de Filadélfia ao Jornal da Tarde.
    Depois da reportagem, a jornalista e seu camera-man ficaram de plantão aguardando novas notícias.
    O pai da família que fora morta ainda estava chorando na entrada da estação. Ele era um dos únicos a serem deixados ficar ali perto por que era parente de vítimas. Parte da polícia impedia o tumulto de curiosos de chegar perto do local do acidente, enquanto as equipes de socorro e os bombeiros entravam, com muita dificuldade, na estação, para a tentativa de encontrar mais sobreviventes. O congestionamento na cidade era intenso, e o telão que ficava no alto de um prédio apontava em néon: já era 08h05 da noite.
    Os Estados Unidos pararam com essa notícia, pois em quase todos os canais de televisão passava a mesma coisa: "Houve um acidente na estação de metrô da cidade de...", "...o governo diz que vai providenciar uma investigação muito reforçada sobre o caso...", "...a estimativa de pessoas presentes na tragédia é de cerca de 3 mil pessoas..."
    Depois de se espalhar pelo país, se espalhou também nas Américas e, por fim, no mundo.

Minutos depois: Departemento de Polícia da SWAT-D2: Nova York, NY - EUA

    Numa delegacia da recém-fundada SWAT-D2 - Special Weapons And Tactics- Division 2 -, um grupo de policiais desta agência estava assistindo ao noticiário do acidente. Eles estavam num corredor perto do filtro do café, todos sentados nas poltronas do lugar, comendo rosquinhas e biscoitos ao mesmo tempo que comentavam sobre o assunto: o "acidente" do metrô.
    Um rapaz jovem, alto, corpo atlético, cabelos arrepiados e de pele branca estava saindo da sala do delegado, quando foi barrado por um dos agentes:
    - Espere um pouco.
    - Hã? - se perguntou, sem entender o que aquele cara queria.
    - Você é o novato de que todos estavam falando? - perguntou o policial.
    - Sim, sou eu mesmo. E você quem é?
    - Richard Kingstein. Prazer - ele estendeu a mão ao outro.
    - Eu me chamo Davis, Davis Mores, o prazer é todo meu - Davis a apertou.
    - Seja muito bem-vindo à SWAT - falou Richard.
    - Muito obrigado pelo recebimento.
    - Você é especializado em quê?
    - Eu sou atirador de elite, onde fui treinado muitos anos pelo exército - os dois caminharam pelo corredor, em direção aos outros policiais. - E você trabalha em que área, Richard?
    - Na área de comunicação e informação. Sabe, eu sou como um "guia" em missões.
    - Legal!
    - Olha, eu percebi que seremos grande amigos! - brincou Richard.
    - Eu acho que percebi isso também!!! - os dois caíram na gargalhada.

Uma hora depois: Hospital Central de Filadélfia

    Robert abriu os olhos e se viu ali, deitado numa maca em um quarto escuro. A TV estava ligada, e ao lado de sua cama estava uma enfermeira conversando com um homem de meia idade, cabelos grisalhos, com sua barba bem-feita e vestido de acordo com um policial de cargo importante: era o comandante Kendall.
    - Tem certeza de que ele está bem? - perguntava impaciente à enfermeira.
    - Não se preocupe, senhor, ele apenas bateu forte com a cabeça.
    - Está certo então - ele viu que Robert já estava acordado. - Poderia nos deixar a sós um minutinho, por favor? - pediu à moça.
    - Como quiser - ela repondeu gentilmente, e saiu.
    O comendante Kendall pegou uma cadeira e a pôs ao lado da maca:
    - Está se sentindo melhor? - perguntou ao policial, enquanto lhe dava um copo d'água.
    - Eu sou um fracassado! - respondeu Robert com tristeza e raiva de si ao mesmo tempo.
    - O que você está dizendo, Robert?
    - Eu fracassei. Não mereço mais fazer parte da polícia federal.
    - Mas você apenas não cumpriu uma missão.
    - A missão mais importante da minha vida! - ele amassou o copo descartável. - Todas aquelas pessoas morreram, e morreram por minha causa.
    - Mas não foi culpa sua.
    - Não precisa tentar me consolar, comandante. - Robert via na TV a notícia e, observando as imagens do noticiário, viu o homem que ele salvara do acidente, o pai daquela família feliz que, depois do acidente, tudo virou tristeza para o rapaz, que ainda chorava num canto sendo consolado por parentes e amigos. Aquilo deixou Robert ainda mais culpado pela tragédia. - Sr. Kendall, eu não mereço mais estar no FBI.
    - O que você quer dizer com isso, garoto? - o comandante já imaginava o que o policial ia falar.
    - Eu quero dizer que... vou me afastar da polícia. Eu desisto, e para sempre.
    - Mas...
    - Não diga mais nada, senhor - Robert o interrompeu. - É o que eu quero, essa é minha escolha - começou a sair lágrimas dos seus olhos. - Me desculpe.
    - Se é isso que você quer... - se lamentou o outro. - Mas lembre-se - inseriu o Sr. Kendall -, estaremos sempre de portas abertas para você, garoto - ele se levantou e abriu a porta. - Até mais, Robert - e se foi.
    Robert desligou a TV e ficou pensativo. Depois de alguns minutos voltou a dormir.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Capítulo 2: Corrida contra o tempo - Onde estará a bomba?

    Robert ficou na calçada observando o carro dos bandidos se distanciar dele:
    - Droga! Eu os perdi!
    - Robert, você está bem? - perguntou o comandante, já aliviado depois de perceber que o policial estava vivo.
    - Estou sim, comandante. Consegui pular do carro antes que ele capotasse. Mas perdi o daqueles terroristas - lamentou.
    - Ainda da tempo de impedí-los.
    - Mas nem sabemos para onde estão indo!
    - Robert - chamou o comandante -, você se lembra de alguma coisa da conversa deles? Digo, alguma pista ou algo assim?
    Robert ficou pensativo por algum momento. Ele ainda não reparara que já havia uma multidão de curiosos que faziam muito barulho enquanto observavam os carros destruídos na explosão.
    Ele tantava lembrar as palavras da conversa. " Pensa Robert, pensa!"
    Foi aí que veio a lembrança:
    - Ah! - gritou - Eles falaram algo sobre jogar a bomba num lugar onde haveria muitas pessoas!
    - Mas onde seria esse lugar? - questionou o comandante. - No aeroporto?
    - Talvez, mas o aeroporto fica muito longe daqui - lembrou Robert. - Um lugar que tenha muitas pessoas... - ele pensou, pensou e logo se entusiasmou - A estação subterrânea de metrô!
    Robert imediatamente foi para a rua e parou uma moto:
    - FBI, parado!
    - Mas o que eu fiz?
    - Saia da moto, e uma emergência! Vou precisar dela.
    O motoqueiro saiu do veículo resmungando. O policial montou na moto e rumou em direção à subestação.
    - Depois eu te devolvo - gritou ao motoqueiro enquanto se distanciava.


    O relógio de um telão gigante grudado à parede de um dos enormes prédios da cidade apontava 07h37 da noite em néon vermelho, e Robert pilotava a moto em alta velocidade sentido ao metro subterraneo mais perto.
    - Tenho que chegar a tempo de desarmar a bomba! Ha muitas pessoas em perigo!
    Depois de alguns segundo ele finalmente chegou a rua da entrada da estação, cujo nome estava escrito numa placa bem na entrada ESTAÇÃO PRINCIPAL DE METRÕ DE FILADELFIA.
    Ele parou a moto no canto da rua e viu o carro do grupo no outro lado da avenida. De repente, de dentro da estação, ele viu o grandalhão, o alemão. o nobre e o sujeito mais normal do grupo saírem apressados. "Já instalaram a bomba!", pensou o policial. O grupo entrou na Mercedes e partiu. Robert teve vontade de segui-los, mas tinha um assunto mais importante: encontrar e desarmar a bomba. Ele foi correndo em direção da entrada da estação, que ficava no subsolo da avenida.
    Nas escadarias, havia uma família - o pai, a mãe e o filho de seus cinco/seis anos de idade - entrando no lugar. O filho, depois de ver um carrinho de pipocas mais a frente, dentro da estação, se entusiasmou e pediu ao pai que o comprasse. O pai fez que sim e a criança foi correndo na frente. "Espera filho!", pediu a mãe, e foi atrás dele. O pai, que ficou para trás, parecia feliz e gritou: "Não se esqueçam de mim, hein!".
    Porém, no momento em que, nas escadarias, Robert estava ao seu lado entrando no lugar correndo para desarmar a bomba, ouviu-se uma grande explosão: BOOOOOOOOOMMMM!!!!!!!!!!
    Tudo começou a voar pelos ares: pessoas, objetos, o metrô...
    Robert saltou para trás no exato momento, assim salvando si próprio e o pai da família que estava bem ao seu lado. Os dois se salvaram, mas as pessoas que estavam dentro da estação morreram imediatamente, inclusive a família do rapaz, que enquanto estava no ar com Robert gritou já chorando:
    - NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOO...
    Todas as pessoas que estavam na estação, inclusive sua família estavam agora... mortos.

Capítulo 1: Os Terroristas de Filadélfia

           Terça-Feira, 19 de Novembro de 2007: Filadelfia, Pensilvânia - EUA (7:02 p.m.)
   
    Era uma noite tranquila e agitada na grande Filadélfia: o céu estrelado com poucas nuvens, fazia calor e era vésperas da inauguração de um grande shopping center.   
    Havia congestionamento de veículos nas ruas, pessoas voltando para casa depois de um longo dia de trabalho, ambulantes vendendo coisas nas calçadas, barulheira de carros impacientes buzinando, jovens e adultos em bares, etc.  
    Robert Cuvarel, um policial federal, estava num dos becos escuros da cidade encostado a uma porta, a porta lateral de um prédio abandonado. Ele acabara de chegar ali depois de seguir secretamente um suspeito de fazer parte de um grupo de terroristas.  
    Para que você entenda melhor, vou explicar tudo. O FBI - Agência Federal de Investigação (Federal Bureau of Investigations) - descobriu que há um grupo de terroristas querendo explodir uma bomba-relógio em Filadélfia. O problema é que ninguém sabe quando e onde, por isso mandaram um de seus melhores agentes em missão para investigar um dos suspeitos de fazer parte deste grupo. Robert o investigara a cerca de uma semana, até segui-lo a esse edifício abandonado.  
    O suspeito acabara de entrar no prédio, e Robert estava aguardando instruções do seu comandante, que o guiava através de um aparelhinho, que era um fone de ouvido que funcionava como rádio-transmissor.  
    - O suspeito subiu as escadas, comandante - disse Robert, enquanto olhava para dentro do prédio -, prossigo?  
    - Tenha muito cuidado, agente - respondeu o comandante através do fone de ouvido -, eles não podem sentir que estão sendo espionados.  
    - Não se preocupe, serei cuidadoso. - Robert entrou.  
    Ao entrar no edifício, Robert viu o rapaz subindo até o 3º andar e logo foi atrás. Ele reparou um prédio extremamente velho, onde provavelmente moravam mendigos e/ou usuários de drogas, pois tinha uma má iluminação, possuía paredes de pintura desgastadas e pichadas, as portas quebradas e as janelas tapadas com madeiras presas à pregos. O prédio realmente estava acabado.  
    Depois dessa reparação, ele ouviu vozes, e então percebeu que vinham de um dos apartamentos do andar. Ele se escondeu atrás de uma coluna e observou a conversa dos homens.  
   O suspeito que fora seguido pelo policial levou uma bronca dos outros quatro. Ele era um cara de uns vinte e cinco anos e tinha o cabelo de corte militar loiro. Depois de se desculpar, o mesmo perguntou:  
    - E aí, vamos agora?  
    Um baixinho de cadeiras de rodas fez que sim com a cabeça, depois inseriu:  
    - Mas vocês têm certeza que vai dar tudo certo, não é?    - Está tudo cuidadosamente planejado - disse o outro de aparência muito nobre, além do seu sotaque, que era meio russo.  
    - Espero que sim! - exclamou novamente o nanico; os outros ficaram apavorados -, ou então serão vocês quem sofrerão as consequências!  
    - Uma pergunta - pediu o sujeito mais normal do grupo -, onde jogaremos a bomba?  
    - Num lugar dessa região onde há muitas pessoas - respondeu o alemão; o rapaz que perguntara ficou pensativo.  
    O nanico os apressou, ordenando com ignorância:  
    - Deixem de conversa e vamos logo!  
    O grandalhão do grupo, que não falara nada até agora, pegou uma maleta que estava no chão encostada na parede: "A bomba!", pensou Robert, e todos desceram as escadas e saíram pela porta principal do prédio, onde havia uma Mercedes Benz CLK-500 preta estacionada no canto da rua. O policial rapidamente foi ao seu Eclipse azul escuro um pouco mais longe, mais sem deixar de observar quatro dos terroristas entrarem no carro, enquanto o grandalhão guardava a cadeira de rodas do baixinho - provavelmente o chefe - no porta-malas. Depois os cinco partiram. Robert foi atrás, mas com o cuidado da distância.  
    Assim que o policial começou a perseguição, seu comandante perguntou (através do fone):
    - Eles estão indo em que sentido?
    - Ao sentido sul, comandante.
    Depois de chegarem ao primeiro cruzamento de avenidas o farol ficou vermelho, e o carro dos terroristas parou. Robert também, à uns três carros atrás e anotou a placa e o modelo do veículo:
    - Placa: LSC-0469; Mercedes Benz CLK-500 - informou ao comandante.
    - Certo, Robert, mandarei reforços para lhe cobrir e ficarem nas sobras... Qual a avenida onde você está?
    Depois de dar alguns dados ao comandante, o farol abriu e a perseguição continuou.
    - Comandante - disse Robert sem tirar as mãos do volante -, depois que essa missão acabar eu gostaria de ser promovido, hein? - brincou o policial.
    - Se você concluir essa missão...
    - Pode deixar! - Robert estava otimista; durante seus quase sete anos de carreira ele melhorara muito, chegando a ser um dos melhores policiais federais dos Estados Unidos, pois completara diversas missões sozinho, todas difíceis. E essa... Podia ser até a mais importante de todas.
    A cidade estava maravilhosa. As luzes coloridas lembravam o natal, e aquele era um dia ótimo, cujo ambiente era de paz e tranquilidade. Mas tudo isso podia mudar, só dependia de Robert.


    Depois de alguns minutos de perseguição, do carro dos bandidos o sujeito mais normal do grupo percebeu algo diferente:
    - Chefe, acho que aquele carro está nos seguindo.
    - Tem certeza? - perguntou o nanico.
    - Bem, ele está atrás de nós desde que saímos...
    - Só faltava essa! - protestou o baixinho, irritado; ele virou para o grandalhão, que estava no banco do passageiro: - Paul, cuide deles.
    - Pode deixar, chefe - respondeu o grandalhão.
    Ele sacou um revólver de sua cintura, pôs o corpo para fora, mirou e, num tiro só, acertou o pneu do carro de Robert: 
    - Ham? O que é isso? - se desesperou o policial depois que seu carro perdeu o controle. De repente o veículo começou a capotar e cambalear, atingindo os carros da avenida, assim provocando uma enorme explosão: BOOOOOOOOOOOOMMM!!!!!!!!  
    - ROBERT!! - gritou o comandante do outro lado da linha.    Já no carro dos terroristas: 
    - Bom trabalho, grandão - elogiava-o o nanico, satisfeito.