quarta-feira, 30 de maio de 2012

Capítulo 14: Entrando em Bayherd. Parte 1


Bayherd: 7:59 p.m.

    Apareceu, do sudoeste da cidade, um helicóptero do exército, cujas iniciais eram CID. Quem estava pilotando era Steve Caper, que fora mandado em missão à pequena cidade para investigar a base dos nazistas que fica numa floresta das redondezas de Bayherd.
    - Finalmente cheguei – falou o soldado quando finalmente viu o começo da cidade. Ele pensara em se hospedar num hotel, mas antes tinha que achar um lugar para pousar o helicóptero.
    Ele passou por cima do aeroporto e logo já estava sobrevoando as casas de Bayherd. Steve continuou em sentido norte até achar um heliporto, situado no terraço de um prédio. Pousou.
    O soldado saiu do helicóptero quando, de repente, viu um nazista andando discretamente pela rua abaixo.
    - Hã? – se perguntou olhando para baixo – Um nazista andando livremente pela cidade?
    Foi quando ele percebeu um cenário horripilante da cidade: asfaltos ensangüentados, carros e outros veículos batidos nas ruas, vidraças de lojas rachadas e/ou quebradas...
    - Será que houve uma guerra por aqui? – comentou com si próprio, já colocando a mochila do pára-quedas – Vamos ver aonde esse cara vai.
    Steve pulou do prédio de dez andares.
    Enquanto estava no ar ele viu muitas pessoas vagando pelas ruas, como se estivessem sem rumo. Mas ignorou. Abriu o pára-quedas.
    Quando o rapaz já estava chegando ao chão – ele ia sair bem atrás do nazista – o inimigo percebeu sua presença e saiu correndo. Steve não teve escolha a não ser tirar o pára-quedas antes da hora.
    Ele caiu de pé no chão e em seguida saiu em disparada atrás do indivíduo.

Entrada nordeste de Bayherd: 7:59 p.m.

    Um carro preto acabou de entrar em Bayherd, onde vinha de Nova Jérsei. No veículo havia dois homens: um de cabelos longos e outro de boné, ambos usando roupas muito simples.
    - Chegamos – falou o de boné; depois inseriu: - Agora vamos perguntar a alguém onde fica o hotel mais próximo.
    - De preferência um bem barato – brincou o outro, o motorista.
    - Você está muito ansioso, né Leo?
    - E não deveria estar? É o nosso primeiro dia de trabalho como policiais... Já imaginou? Leonard Wendel e Mark Servest, policiais de Bayherd; seu amigo sorriu.
    - Finalmente um sonho realizado.
    Eles estavam ainda na estrada, já na cidade, onde não havia muitas casas. O rapaz de boné viu uma loja aberta mais a frente:
    - Que tal pedirmos informações ali? – apontou.
    Leonard assentiu. Ele parou o veículo em frente ao lugar, onde estava escrito numa placa em cima da porta: OFICINA DO DOC.
    - Será que tem alguém aí dentro, Mark? – disse Leo desconfiado, pois até agora não vira ninguém nas ruas, apenas alguns carros parados.
    - Se não tivesse a oficina estaria fechada – eles saíram do automóvel.
    Os dois entraram no lugar.
    Era uma oficina normal: havia carros a serem arrumados, ferramentas espalhadas pelo chão, graxa para todo lado, etc.
    Mark foi até o fundo da oficina, enquanto Leonard ficou vigiando o carro. O rapaz de boné viu um mecânico de costas para ele, então se aproximou:
    - Com licença, senhor – ele chamou. – Poderia me dizer onde fica o hotel mais próximo daqui?
    Ele não respondeu.

    Enquanto isso, do lado de fora da oficina, Leo avistara um grupo de pessoas um pouco longe, dentro da cidade. O grupo estava se aproximando lentamente, o que despertou desconfiança do rapaz.
    - Será alguma procissão? – se perguntou.

    Dentro da oficina, Mark insistiu:
    - O senhor sabe ou não sabe?
    Leo entrou na oficina:
    - Mark – chamou gritando. – Por que está demorando tanto?
    Mark virou-se para o policial. De repente, o mecânico também se virou dando uma mordida no pescoço dele:
    - AAAAAAAAAAAARRGH... – gritou.
    Leo acabara de entrar ali e viu a cena.
    - MARK! – gritou.
    O mecânico continuava a morder o rapaz, enquanto ele gritava:
    - Leo, me ajuda!
    O policial sacou um revólver e mirou no mecânico:
    - Parado, ou eu atiro!
    - Leo – chamou Mark -, eu… sinto u-uma coisa estranha… dentro… dentro de mim.
    - Hã?
    - Como se tivesse… algo percorrendo pelo… pelo meu sangue, algo muito… doloroso!
    Leonard novamente gritou ao indivíduo:
    - Eu disse parado!  
    E finalmente o mecânico parou. Mas não por que Leonard mandou, e sim por que Mark já estava morto. Ele olhou para o mecânico, e Leonard percebeu que o mesmo era na verdade um morto-vivo!
    Leonard se assustou, e o mecânico o atacou, mas o policial desviou a tempo e atirou em sua cabeça: PAA!!
    O indivíduo tinha morrido, e Leo estava desesperado. Ele ajoelhou-se ao lado do cadáver de Mark e começou a chorar.
    - Mark! Não!
    Depois ele deu uma olhada na ferida no pescoço do seu amigo, uma mordida enorme:
    - O-o que… o que é isso? Por que aquele cara te atacou? – se perguntou. – Ele parecia um… zumbi.
    Foi aí que ele lembrou do grupo se aproximando.
    - Então se aquele cara era um zumbi, todas aquelas pessoas também…
    Antes de terminar a frase ele correu desesperado em direção ao carro e entrou no veículo. Já havia centenas de mortos-vivos por perto. Ele ligou o carro, quando alguém bateu na porta: era o Mark.
    - Mark? Como você?… - mas Leo percebeu que não era o mesmo Mark de antes, sua aparência estava completamente diferente: ele tinha, agora, o rosto pálido e muito danificado, olhos sem íris e dentes afiados. Parecia também que estava selvagem, querendo atacar Leonard.
    Por sorte o vidro do carro estava levantado. Agora não era só Mark que estava tentando entrar, e sim meia dúzia de zumbis, depois dez, agora vinte!
    Leonard acelerou o carro, atropelando todos os mortos que estavam em sua frente, jogando-os pelos ares.
    - Preciso ir à polícia… urgente!

Entrada oeste de Bayherd: 8:00 p.m.

    A equipe da SWAT-D2 acabou de chegar em Bayherd.
    Assim que chegaram eles perceberam algo diferente:
    - A cidade está totalmente destruída – comentou Jeff.
    - O que será que houve aqui? – perguntou Davis.
    - Ela está muito diferente de quando estive aqui – afirmou Ray.
    - Será que foram as criaturas que você viu quem atacou Bayherd? – questionou Bryan.
    - Se for isso deve haver muitas delas pela cidade – respondeu Ray.
    - Tomara que não nos encontremos com nenhuma delas por aí – comentou Tony, estremecendo.
    Bryan apertou um botão no aparelhinho que Davis distribuíra antes da missão:
    - Richard? – chamou.
    - Pode falar, capitão – respondeu ele através do fone.
    - Você tem alguma informação sobre o local?
    - Alguma informação?
    - Parece que houve uma guerra aqui.
    - Pode deixar.
    - Certo.
    Eles continuaram seu caminho, entrando na terceira direita quando, de repente, alguém pulou em cima do carro.
    - Droga! – gritou Raymond, atropelando o indivíduo, jogando-o pelos ares.
    Ele parou o carro.
    - Caramba, Ray. Você atropelou aquele cara – falou Tony.
    - Não tive culpa, ele apareceu do nada.
    Todos ficaram em silêncio por alguns segundos.
    - Davis e Tony – chamou Bryan –, sigam-me.
    Os três desceram e foram até o corpo do rapaz, que estava caído na rua, mais a frente da Blazer.
    Bryan agachou-se para examiná-lo.
    - Ele está morto – lamentou, depois de colocar a mão sobre o pescoço do cadáver.
    Tony virou-se para o carro da equipe e gritou:
    - EI, RAY, VOCÊ MATOU ELE!
    - Tem certeza que ele está morto, capitão? – indagou Davis.
    - Absoluta – respondeu Bryan -, ele não respira e a sua pulsação parou.
    De repente o “morto” agarrou Bryan:
    - Capitão! – gritaram Tony e Davis ao mesmo tempo, ambos espantados.
    - Me solta, seu… – Bryan lutava para se soltar.
    Davis e Tony tentaram sacar seus revólveres, enquanto o indivíduo se preparava para morder o pescoço do capitão. Mas perceberam que haviam deixado no carro.
    - Ele está louco – falou Bryan desesperado -, vai me morder!
    Mas quando o morto-vivo ia atacar o policial, alguém atirou em sua cabeça: PLAFTCH!  
    - Hã? – se perguntaram os três agentes, surpresos.
    Quem atirou no zumbi foi um policial armado com uma pistola. Ele estava acompanhado de uma linda mulher de pele parda e cabelos negros, também uma policial.
    - Claire? – indagou Tony à moça, muito surpreso (além de estar vermelho). – O que você faz aqui?
    A mulher e o rapaz se aproximaram dos três policiais.
    - Pergunto o mesmo a você… Tony.
    Os dois se encararam.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Capítulo 13: Uma fuga e uma charada



De volta ao aeroporto...

    - Você está aí desde quando? – perguntou Shizuki.
    - Eu acabei de entrar aqui. Eram muitos… como vocês dizem?… zumbis – Thomas guardou sua arma. – Eu achei que aqui era mais seguro, então não tive muita escolha.
    - Eu não tive tanta sorte assim como você, pois antes de entrar aqui fui mordido por um deles bem aqui na minha perna – Shizuki mostrou o ferimento; Thomas ficou completamente assustado.
    - Tem risco de contaminação, estou certo? – perguntou.
    - Infelizmente sim – respondeu o policial japonês.
    - E agora, o que você vai fazer?
    - Primeiro tentar escapar desse pesadelo, e depois achar uma cura – essa resposta lembrou os dois que estavam cercados. – Temos que dar um jeito de sairmos vivos daqui, mas como?
    - Eles são milhares! – disse Thomas olhando para a porta do banheiro, que era vítima de batidas extremamente fortes – Se sairmos pela porta viraremos comida de canibais. Há uma janela no fundo do banheiro – ele apontou para a janelinha – mas é pequena demais.
    - Já sei! – gritou Shizuki; Thomas só faltou morrer de um ataque cardíaco. Shizuki contou seu plano ao francês.

    Depois de vestir seu uniforme de policial, Shizuki e Thomas abriram a porta, jogaram uma granada explosiva no meio da multidão de zumbis que estavam ao pé da porta do banheiro e a fecharam. Depois do BOOOOOOOOOMMMM!!!! eles a abriram novamente e, aproveitando o caminho limpo, saíram correndo às pressas em direção à entrada principal do aeroporto, no andar de baixo.
    Chegando lá tiveram uma grande decepção:
    - Droga! Está completamente bloqueada!
    - Vamos ter que arrumar outro meio de sair daqui… – observou Shizuki. Ele olhou para a saída de incêndio, mas havia muito zumbis por perto – Eu percebi que no andar superior há diversas janelas enormes que levam à uma cidade que fica atrás deste aeroporto. Vamos até lá!!
    - Mas temos outro problema! – Thomas apontou para os zumbis que os cercavam.
    - São lentos, acho que conseguiremos sair imunes.
    - Você acha? – Thomas estava apavorado, pois nunca havia passado por uma situação como aquela; Shizuki também não, mas parecia que em pouco tempo já se acostumara com esse novo perigo, já era uma nova experiência dentre tantas em sua vida.
    Os dois correram até a escada rolante e subiram até o segundo andar, sempre desviando dos zumbis. Shizuki apontou para as “janelonas” de 4 metros de altura cada, ao fundo, e os dois rumaram àquela direção.
    Atrás das janelas – que pareciam mais vitrines – tinha uma rua da cidade como destino. Mas antes teriam de quebrá-las para passar.
    - Temos que pular – lamentou o policial japonês. – É a nossa única opção!
    - Se é para salvar nossas vidas… –Thomas olhou para trás e levou um grande susto. – Vamos rápido, olhe para trás.
    Daí, sem parar de correr, Shizuki deu uma olhada e viu milhares de zumbis se aproximando dos dois. Era incrível como era assustador: milhares de mortos-vivos horríveis caminhado em sua direção.
    Eles continuavam se aproximando da janela mais e mais até faltar apenas alguns metros:
    - No “3” a gente pula – falou Shizuki; Thomas assentiu. – 1… 2… 3!!!
    Os dois pularam quebrando o vidro da janela e tendo como alvo a rua atrás do aeroporto.
   - AAAAAAAAAAAAHHHH… – gritavam enquanto caíam. Por sorte caíram no toldo de uma loja de roupas, assim amortecendo a queda.
    - Ufa, essa foi por pouco – se aliviou Thomas.
    Os dois pularam para a calçada.
    - Ai! – gritou Shizuki, provavelmente por causa de seu ferimento – Minha perna está doendo muito!!
    - Você vai ficar bem?
    - Espero que sim.
    Thomas olhou a sua volta e viu diversos zumbis vagando pelas ruas.
    - Bom, parece que aquele aeroporto não era o único lugar que estava tomado pelos mortos – Shizuki também olhou a paisagem. – Hoje é sexta-feira 13, não é? – perguntou ao japonês, que confirmou com a cabeça – Parece que teremos uma noite muito emocionante e assustadora hoje, não acha, Shizuki?
      - E o pior: – inseriu o outro – eu corro o risco de virar um deles!

Enquanto isso: estrada de Washington-Filadélfia

   Michael e Robert estavam quase chegando à cidade de Bayherd. Eles estavam conversando sobre a missão:
      - Você está me dizendo que seu pai recebeu uma mensagem em uma flecha logo após o seqüestro de Max? – perguntava Robert ao policial.
      - Exatamente. E nela estava escrito um poema… como se fosse uma charada.
      - E o que era que estava escrito?
      - Algo como: Essa noite aconteceu, seu filho foi raptado, numa cidade procure se quiser encontrá-lo, cujo nome Bayherd, em grandes apuros a sociedade, seja breve e rápido se quiser a verdade – ambos ficaram pensativos.
      - Ou seja: - iniciou Michael - o Max foi raptado e foi levado à Bayherd, como diz o primeiro verso.
      Um grande silêncio tomou o ambiente.     
      - Eu só não entendi uma coisa – falou Robert afinal.
      - Eu acho que já sei qual é – disse Michael. – É a parte onde diz o seguinte: em grandes apuros a sociedade, não é?
      - É – confirmou Robert -, será que a mensagem está querendo nos informar algo sobre mais algum ataque terrorista?
      - É bem provável – concordou Michael. Depois pensou mais um pouco e perguntou: - Quem será que é esse “arqueiro misterioso”?
      - Boa pergunta. Ele pode estar nos enganando com essas informações para nos despistar… ou então pode ser alguém que está infiltrado na base desses nazistas nos passando esses avisos.
      Os dois pareciam pensar a mesma coisa, mas sentiam que, por detrás disso tudo, havia mais alguma coisa que eles ainda não sabiam ainda.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Capítulo 12: As espécies misteriosas



Carro da equipe da SWAT-D2: Estrada Nova York-Filadélfia – 7:53 p.m.

    - Deixa eu entender melhor, Ray – indagou Tony depois de interromper Raymond de sua explicação de "por que saiu do FBI"; o policial estava no banco de trás do banco do passageiro –, você estava investigando uma base nazista no meio da floresta de Bayherd, até que viu um homem sendo raptado por monstros?!
    - Isso mesmo – respondeu Raymond, que dirigia o veículo sem tirar os olhos da estrada escura.
    Eles estavam na via Nova York-Filadélfia quase chegando à entrada da pista que levava à Bayherd; o policial continuou:
    - Eu me escondi, mas uma daquelas criaturas me viu e correu atrás de mim. Elas eram muito velozes!
    - E como você conseguiu se salvar? – perguntou Davis, que estava atrás do banco do motorista.
    - Eu caí acidentalmente num rio, onde as criaturas não tiveram coragem de entrar e foram embora.
    Bryan, que estava no banco do passageiro, refletiu um pouco:
    - Então quer dizer que essas coisas têm medo de água.
    - Mas você conseguiu ver o rosto do sujeito que foi raptado? – agora era Jeff quem perguntava, o que era uma raridade, pois ele tinha fama de ser tanto calado quanto inteligente; por esse motivo ele se sentara em um dos três bancos do fundo da Blazer, ficando então sozinho.
    - Não, mas reparei que ele estava com um uniforme da polícia, onde estava escrito algo em francês que entendi que ele era da polícia de Paris.
    - Que estranho! – falou Bryan – O que um policial francês queria aqui nos Estados Unidos?
    - Isso realmente é muito estranho – concordou Davis.
    - Enfim, mas isso não justifica sua saída do FBI – lembrou Tony.
    - Então – continuou Raymond -, depois de sair da floresta, voltei para o hotel da cidade onde eu estava hospedado. Na madrugada seguinte ao acontecimento, eu não conseguia dormir pensando no ocorrido. Eu não entendia como aquelas criaturas haviam existido e por que capturaram aquele policial – ele estremeceu: – Foi quando que, de repente, duas delas apareceram no meu quarto pela janela e tentaram me atacar! Rapidamente, num desvio muito rápido, eu abri a porta e desci escada abaixo. Claro que não havia ninguém na recepção a não ser os seguranças, que me perguntaram o que tinha acontecido. Não expliquei e entrei no meu carro, saindo de terceira marcha.
    - E então? – indagou Tony com muita empolgação e pavor.
    - Eu percebi que elas estavam correndo atrás do meu carro, tão rápidas que estavam me alcançando – os outros quatro ficaram espantados.
    - Elas eram tão velozes assim?! – perguntou Davis.
    - Hã-ham. Mas eu pisei fundo e fui à toda velocidade, deixando os monstros para trás. Depois eu saí da cidade e voltei ao Bureau de Nova York, onde anunciei a desistência de minha missão.
    - Você teve muita sorte em escapar dessas… dessas… aberrações!… – falou Tony, já aliviado.
    - Mas a história não acabou por aí não! – interrompeu Ray. - Quando já estava em minha casa no Brooklyn Beach fui novamente atacado. Porém, como morava perto da praia, me salvei entrando no mar.
    - Deixa eu adivinhar o resto – falou Jefferson -, você achou que em outro país ficaria mais seguro e se mudou.
    - Exatamente – confirmou Ray. - Mas fui pelo mar para mais prevenções.
    - Mas porque você não me avisou nada? – indagou Tony.
    - Eu não queria pôr meus amigos em perigo. Aquelas criaturas são muito perigosas!
    - E agora você decidiu voltar aos Estados Unidos para nos avisar o que teremos pela frente – adivinhou o capitão Bryan.
    - E também para enfrentá-las frente a frente, ao invés de fugir como um gato medroso! – inseriu o policial.
    - Será que o paradeiro da equipe que foi mandada à floresta ontem tem alguma coisa a ver com essas criaturas? – perguntou Jeff.
    - É bem provável – respondeu o capitão. – Mas espero que todos ainda estejam vivos e que possamos salvá-los.
    Davis ainda pensava, repleto de dúvidas.
    - E o que será que esses nazistas estão planejando? – perguntou.
    - É – falou Bryan -, parece que teremos três mistérios a desvendar: o desaparecimento da equipe de ontem à noite, a origem dessas criaturas e a participação dos nazistas em atentados misteriosos.
    - Será que aparecerá algum outro enigma? - perguntou Davis; ninguém sabia responder.
    Todos ficaram em silêncio pensando o resto da viagem.

No extremo oeste de Bayherd...

    - O que é isso?!
    Sophia e Connor estavam imobilizados pelo medo. Ambos tinham acabado de entrar na cidade, quando bateram o carro devido a um zumbi que estava no veículo.
    Assim que saíram, se viram cercados por mortos-vivos, tendo, como refúgio, apenas o Malold’s Bar. Porém, o lugar também havia zumbis.
    Connor rapidamente carregou sua Shotgun e mirou nos mortos-vivos.
    - São eles de novo! – disse Sophia muito apavorada.
    - Estão em toda parte – Connor já estava preparado para o perigo que viesse.
    Depois de alguns segundos de silêncio, quando os zumbis se aproximaram, Connor atirou nos seis: POUM! POUM! POUM! POUM!…
    - O que houve aqui? – perguntou Connor à garota, depois de exterminá-los. – Digo, sobre a cidade!!
    - Hoje à tarde… – ela respondeu em tom de tristeza – Hoje à tarde eles nos atacaram.
    - Os zumbis?
    - Sim, os zumbis… A cidade estava cheia deles! Era um caos nas ruas, nas casas, nas lojas… em todo lugar! Os sobreviventes tentavam sair da cidade, mas os zumbis bloqueavam todas as saídas. Havia o aeroporto, mas não entendi por que não funcionava.
    - Então você está dizendo que a cidade está completamente infestada pelos mortos.
    - Isso – confirmou Sophia com jeito tristonha, quase chorando - Todos os habitantes de Bayherd são agora… zumbis.
    - Temos que fugir da cidade.
    - Então vamos – Sophia estava apavorada.
    - Primeiro temos que achar um carro, pois não tenho munição o suficiente para enfrentar os obstáculos. Além do mais, a outra saída de Bayherd não está muito perto daqui. Aquela estava bloqueada.
    De repente eles ouviram um barulho dentro do banheiro.
    - Hã? O que foi isso?

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Sophia Macurt


Nome: Sophia Macurt
Idade: 17 anos
Altura: 1,67 cm
Peso: 53 Kg
Profissão: estudante
Cargo: estudante

    Sophia é uma estudante da High School Bayherd City, onde cursa seu último ano antes da universidade. Ela estava no aeroporto que fica ao lado da cidade, tentando fugir com os pais. Mas o lugar também é tomado pelos mortos onde os únicos sobreviventes são apenas ela e Connor Meicons, um homem muito misterioso para a garota. Os dois se unem para tentar sair do lugar, mas vêm que não será nada fácil. Até que conseguem, mas param num lugar ainda pior. 
    Sophia é uma menina bonita, estudiosa e muito curiosa. É do tipo de garota mimada, mas em situações de perigo ela faz qualquer coisa para sair viva, custe o que custar, mostrando que é valente e corajosa.

Connor Meicons


Nome: Connor Meicons
Idade: 23 anos
Altura: 1,81 cm
Peso: 77 Kg
Profissão: Mercenário de uma máfia russa
Cargo: atirador de elite e piloto de carro e aviões

    Irmão gêmeo de Claire e filho do chefe de uma máfia russa, Connor foi mandado à cidade para exterminar alguns policiais do FBI. Mas o que ele não imaginava era que Bayherd estava infestada de zumbis, por isso agora luta, junto com os outros sobreviventes, para fugir do lugar.
    Um cara que por fora é desinteressado, frio e calculista, por dentro é completamente o contrário. Connor tem bom coração, e, para sua surpresa, se apaixona por uma estudante na cidade: Sophia.
    Seu passado foi difícil, pois Connor e Claire perderam a mãe numa guerra entre máfias, onde a máfia inimiga da de seu pai entrou em sua casa e a matou. Daí por diante, Connor está traumatizado, tem lembranças de tudo, mesmo que na época fosse apenas uma criança de 4 anos.
     Aceitou a missão de partir à Bayherd por que havia acabado de entrar na máfia, então queria provar a seu pai que não era o inútil que ele pensava. Isso custou caro, pois agora ele se vê preso em Bayherd cercado de mortos-vivos.

Capítulo 11: O aeroporto dos mortos. Parte 2


    Depois de se assustar com o “Quem está aí?” de alguém, Shizuki foi até a última cabine – de onde viera a voz – armado e preparado para qualquer coisa.
    A cabine estava fechada, porém não trancada.
    Então ele a abriu bem devagar.
    De repente, depois de abrir a cabine, ele se viu alvo certo de tiro de um homem, que mirava o policial japonês com uma pistola. Shizuki percebeu, pela roupa do rapaz, que o mesmo também era policial. Então ele deixou escapar um suspiro profundo e disse, abaixando sua arma:
    - Shizuki Hoshimuro, policial federal do Japão – ele estendeu a mão ao homem.
    - Meu nome é Thomas, Thomas Andrea – se apresentou o outro, abaixando a arma e também se aliviando. – Me desculpe, ouvi o barulho de alguém carregando uma arma e pensei que era um nazista – os dois apertaram as mãos.
    Shizuki estranhou o que Thomas falou, então não deixou de perguntar:
    - Por que você pensou que eu era um nazista? Eles, que eu saiba, já não existem.
    - É uma longa história…

    Em outra parte do aeroporto, no andar de cima de onde estavam Shizuki e Thomas, Sophia, uma estudante do ensino médio de Bayherd, acabara de se salvar entrando na cabine do centro de controle do aeroporto.
    Era uma sala que ficava ao final de um corredor perto dos banheiros do terceiro andar.
    Depois de entrar na enorme sala, ela chamou por ajuda:
    - Tem alguém aqui?
    Silêncio.
   Ela ouvia gritaria do lado de fora. Depois um chiado em alguma parte do lugar. Então Sophia resolveu entrar de vez na sala, onde viu diversas telas de câmeras de segurança do aeroporto ligadas, algumas chiando e sem imagem, outras com imagem de pessoas correndo desesperadas sem destino, além de algumas mostrando o momento exato de zumbis devorando inocentes.
    Em frente ao painel das câmeras, havia uma poltrona com alguém sentado nela. A garota não conseguia ver quem era, pois a poltrona estava de costas para ela. Daí Sophia decidiu chegar mais perto por procura de ajuda.
    De repente a poltrona virou e a pessoa que estava sentada atacou a menina, que desviou a tempo, fazendo o indivíduo cair no chão. Depois ela viu que a pessoa era um zumbi.
    Sophia se desesperou e saiu correndo em direção a porta, porém, no meio do caminho, havia dois zumbis esperando-a. “E agora? O que eu faço?”, se perguntou vendo-se cercada. Então ela viu algumas cadeiras e logo as pegou, jogando todas contra os inimigos. Depois ela aproveitou que seu ataque abrira caminho, e saiu do lugar às pressas.
    Ao sair da sala, ela percebeu que o barulho do caos havia acabado: os zumbis já haviam matado todas as pessoas do aeroporto.
    - O que houve? – se perguntou chorando – O que há de errado com essas pessoas? É o fim do mundo?    Ela olhou para trás e viu dezenas de zumbis andando lentamente em sua direção. Ela correu para o outro lado, mas outros vários zumbis já estavam lá também.
    Ela parou.
      Estava muito abalada com a morte dos pais minutos atrás.
    Um barulho de rosnado atrás.
    “Ah, não!”, pensou depois de perceber zumbis logo ao lado. Ela se virou e viu outros zumbis a metros de distância. Depois olhou em volta e viu que estava dentro de uma roda de mortos, todos se aproximando.    Quando eles a atacaram… POUM! POUM! POUM!
    Alguém atirou na cabeça de alguns mortos-vivos, assim a salvando.
    - Hã? Quem fez isso? – perguntou depois de ver os corpos sem cabeça dos zumbis caírem.
    Um homem de cabelos pretos, lisos, até os ombros e de pele parda, cuja roupa normal lembrava um policial: ele usava uma jaqueta grossa preta aberta, com uma camiseta preta por baixo e calça jeans. Além de estar armado com uma Shotgun, a mesma que acertara os zumbis na cabeça.
    Ele se aproximou de Sophia e a puxou, salvando-a de outros zumbis, que quase a morderam.
    - Quem é você? – perguntou Sophia enquanto estava correndo com o rapaz.
    - Temos que sair daqui, senão morreremos! – respondeu olhando para trás.
    - Boa resposta! – murmurou a garota – Por que não vamos pela entrada principal?
    - Não tem como! Esses mortos causaram estragos em diversos pontos do aeroporto, inclusive bloquearam a entrada.
    - Então o que faremos? – indagou Sophia desesperada.
    O homem parecia não estar com nenhuma vontade de responder, mas respondeu:
    - Precisamos fugir pela saída de incêndio.
    - Que dará?…
    - No estacionamento.
    Os dois continuaram correndo – sempre desviando dos zumbis – ao sentido do elevador de emergência.    Quando chegaram, o homem arrombou a porta e ambos entraram. Quando a porta se fechou, ele apertou o botão que fazia o móvel descer ao estacionamento do aeroporto, no térreo.
    - Parece que aquelas pessoas querem nos devorar – comentou Sophia, estremecendo.
    O rapaz nem ligou.
    Quando o elevador parou e a porta abriu, ambos dispararam pelo estacionamento – onde também havia zumbis.
    - E agora? – perguntou a garota.
    O rapaz não respondeu, mas quando viu um carro de portas abertas, correu em sua direção.
    Ao chegar, o motorista estava morto, provavelmente vítima dos canibais.
    - O motor ainda está ligado – observou o rapaz.
    - Então vamos logo, olhe para trás!
    Havia muitos mortos se aproximando – lentamente, mas ao mesmo tempo selvagens – deles. O homem entrou no carro, empurrou o cadáver para fora e, quando Sophia já estava no veículo, partiram rumo à saída do estacionamento.
    - Está abastecido – falou o rapaz, depois de olhar para o relógio da gasolina. – Conseguiremos sair vivos.
    Eles continuaram até chegar na avenida, onde havia duas placas: a da esquerda dizia FILADÉLFIA; a da direita BAYHERD.
    Porém, a rua que dava à Filadélfia estava bloqueada por veículos batidos pegando fogo, então, como não dava para entrar na floresta, viraram para Bayherd.
    - Ah, não – murmurou Sophia.
    - O que foi?
    - Bayherd…
    - Bayherd? O quê que tem?
    - Bayherd está infestada de zumbis – ela estava quase chorando. – Resumindo: foi lá onde tudo começou.
    Eles estavam quase entrando na cidade.
    - Então, agora podemos nos apresentar? – perguntou Sophia olhando para o aeroporto e vendo a tentativa sem sucesso dos zumbis pulando para a cidade. Todos caíam no território do aeroporto, que era separado da cidade por um imenso muro. – Eu sou Sophia, Sophia Macurt!!! Prazer.
    - Meu nome é Connor Meicons.
    Sophia estranhou algo:
    - Eu acho que já ouvi esse nome em algum lugar…
    - Meu nome? – Connor estranhou. Mas mudou de assunto: – Então quer dizer que enfrentaremos zumbis aqui também? – indagou observando a paisagem de destruição das casas, carros e ruas, assim que entraram em Bayherd.
    - Hã-ham – Sophia estremeceu, parecia apavorada só de olhar a estranha cidade deserta. – Por isso o desespero das pessoas no aeroporto.
    - Bom, então parece que saímos de uma enrascada para entrar em outra pior ainda.
    Continuaram em silêncio.
    Havia muitas pessoas – ou melhor, zumbis – vagando pelas ruas. Tudo estava destruído ou manchado de sangue. Realmente era assustador.
    De repente, Sophia sentiu algo tocando nela. Então deu um grito de espanto muito alto, e percebeu que era a mão de alguém que estava no banco de trás.
    Era um zumbi.
    Ele se levantou, o que deixou a garota ainda mais desesperada.
    O zumbi tentou morder Connor, que, graças ao desvio do ataque, perdeu o controle do carro. O veículo ficou desgovernado, indo para um lado e para o outro, batendo nas paredes e atropelando os mortos da rua.
    - Connor, cuidado!!
    - Droga!!!
    Enquanto Connor lutava para não ser mordido, Sophia se desesperava, gritando a toda hora.
    Daí o carro bateu num muro agressivamente, parando imediatamente e fazendo o morto voar para fora do automóvel e parar no telhado de uma casa.
    - Sophia, você está bem? – perguntou Connor, aliviado.
    - Acho… acho… acho que estou.
    Os dois não se machucaram, mas o carro ficou muito danificado.
    Eles saíram do veículo, quando se depararam com uma multidão de mortos e cães, que pareciam também mortos, todos preparados para atacá-los.
    - Parece que hoje não é o meu dia – ironizou a garota, tentando não sair correndo desesperada.    Connor olhou para trás e viu um bar-hotel como refúgio, cujo nome estava numa placa em néon que mudava de cor a toda hora: Malold’s Bar.
    - Vamos, Sophia, corra!    Eles não perderam tempo e entraram no lugar, trancando a porta atrás de si.    - Estamos a salvo – suspirou Sophia profundamente.
    Porém…
    - Ah, não – lamentou-se Connor. – Olhe!
    Eles estavam cercados de zumbis.
    - É – falou a garota –, como eu disse, hoje não é o meu dia.