segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Capítulo 18: Salvos por policiais


Numa rua no oeste de Bayherd…

    Depois de bater o carro num poste, Jason e Emily saíram do automóvel.
    Emily olhou para trás para ver quem era o indivíduo que eles quase atropelaram. Para sua surpresa, quando o rapaz se virou, ela percebeu que ele estava “morto”.
    - Não falei, Jason – disse ela apavorada. – Todas essas pessoas são zumbis.
    Ela estremeceu.
    De repente: PA! PA! PA! PA! PA!
    - Hã?! O que foi isso?
    Emily olhou para o outro lado da rua, e viu que os tiros saíram de um boteco fechado.
    - Vem dali – ela apontou.
    Mas quando ela olhou para trás, Jason havia desaparecido.
    - E agora, onde está esse medroso?!
    Mais tiros: PA! PA!
    - Chega! Vou ver o que é!
    Ela abriu o portão do lado da porta de metal, caminhou pelo corredor e virou uma porta, que dava na lateral do boteco.
    Foi aí que Emily se surpreendeu.
    Não havia mais ninguém. Apenas corpos nas mesas, no chão e no balcão. Sem falar nas manchas de sangue que deixava o cenário ainda mais horrível.
    De repente, de dentro do banheiro “unisex” do local, vários mortos-vivos caminhavam lentamente em sua direção.
    - Sabia! Há mesmo zumbis nessa cidade. Isso significa mesmo que essa cidade está mesmo…?
    Não deu tempo de falar, pois apareceu um zumbi a agarrando bem ao seu lado. Emily gritou e o empurrou. Depois entrou no corredor, para fugir do mortos, e correu em direção ao portão. Quando chegou na calçada, a garota olhou para trás e tropeçou em alguma coisa. Caiu.
    Então um nazista passou por ela, correndo para sua esquerda.
    Ela estranhou, e decidiu olhar para onde o nazista aparecera. Foi aí que ela viu dois mortos bem perto dela, inclusive um era o indivíduo que ela e Jason quase atropelaram.
    - Oh, não! – gritou.
    Mas quando os zumbis iam mordê-la: POUM! POUM!
    Eles já haviam perdido as cabeças.
    - Hã? – se perguntou Emily, confusa.
    Era Steve, que aparecera, pois ele estava seguindo o nazista desde que chegou em Bayherd. Ele salvou Emily com sua arma forte, cujo nome era Shotgun.
    - Puxa, obrigada!!!
    O rapaz a ignorou e continuou correndo atrás do nazista, que virou a direita.
    “Ele deve ser policial”, pensou Emily “Vou com ele, assim ficarei segura”
    Então ela foi atrás de Steve.
    - Ei, espera!

No Malold’s Bar…

    Connor e Sophia, depois de ouvirem um barulho estranho vindo do banheiro, encontraram Alexander Malold, pois o mesmo estava escondido.
    - O que você estava fazendo no banheiro? – perguntou Connor, desconfiado.
    - É o único lugar da cidade que é seguro! – Alex estava apavorado.
    - Ah, entendi – ironizou Sophia. – Você estava… se escondendo.
    - Eu não diria “se escondendo” – Alex parecia indignado –, eu estava apenas… me salvando.
    - No banheiro.
    Eles olharam para fora pela enorme vitrine do bar, onde havia muitos zumbis e cães-zumbis tentando entrar no local. Sophia e Alex se estremeceram.
    - Escuta, Alex – falou Connor –, você estava “se salvando” desde quando?
    - Desde quando tudo começou. Hoje mesmo, de tarde, os mortos invadiram esse bar, os atacando e os transformando também em zumbis – Alex estava quase chorando. – Aqui ficou cheio deles!
    - E por que você não os salvou?! – perguntou Sophia.
    - Eu…
    De repente, uma explosão: BOOOOOOOOOOMMMM!!!!!!
    Connor e Sophia se entreolharam.
    - Isso já é normal – falou Alex. – Há explosões à toda hora.
    - Os zumbis estão destruindo Bayherd – inseriu Connor. – Primeiro as pessoas, depois os animais.
    - Será que tem alguma cura? – indagou a moça.
    - Não sei – respondeu Connor –, mas se não fizermos alguma coisa o mundo inteiro estará assim.
    - Alex – falou Sophia –, tem alguma porta dos fundos por aqui?
    - Tem, dará no beco – ele pegou uma chave e entregou à Connor. – Sabe, eu a tranquei antes de me salvar.
    - Vamos, Sophia – apressou Connor –, temos que fugir desta cidade.
    Sophia assentiu.
    - Você vem conosco, Alex? – perguntou Connor.
    - Nem pensar – respondeu o rapaz, apavorado.
    - Eu sabia! - ironizou Sophia.
    - Você quem sabe – Connor e a garota foram ao fundo do salão e abriram a porta.
    - Ah, só mais uma coisa – inseriu Connor ao rapaz. – Aquelas vitrines de vidro não agüentaram as batidas dos zumbis por muito tempo. E você não tem nenhuma arma.
    Alex olhou para os zumbis da rua, todos assustadores. Ele olhou para Connor e Sophia, que esperavam uma resposta do rapaz. Então decidiu:
    - Espera aí, vou como você, caso precisem de minha ajuda.
    Enquanto Sophia segurava uma risada, Alex pegava lanche para os três. Depois todos saíram porta afora, que dava num beco escuro.

Nos fundos da casa da família Mendes…

    - Quem são vocês? – perguntou Terry.
    Depois de ver sua família morta na sua casa, o rapaz – bombeiro de Filadélfia – fugiu pelos fundos, onde se viu cercado. Mas, para sua sorte, Shizuki (um policial japonês) e Thomas (um francês) estavam por perto, então ambos salvaram Terry.
    Shizuki respondeu:
    - Eu me chamo Shizuki Hoshimuro e ele é Thomas Andrea – os dois mostraram os distintivos –, somos policiais estrangeiros.
    Terry deixou escapar um suspiro de alívio.
    - Pensei que não ia encontrar ninguém nessa cidade – falou.
    - Pensamos o mesmo – admitiu Thomas.
    - Eu sou Terry Mendes, integrante do Corpo de Bombeiros de Filadélfia.
    Eles apertaram as mãos.
    - Essa era sua casa? – perguntou Thomas.
    Um tom triste tomou conta do rosto de Terry.
    - Sim, a minha casa.
    Thomas sentiu pena, mas só pode dizer:
    - Sinto muito.
    Shizuki olhou em volta e viu que não havia nenhum morto por perto.
    - Terry, Thomas e eu vamos procurar um hospital por aqui.
    - Um hospital? Por quê?
    O policial japonês mostrou seu ferimento da perna.
    - Shizuki foi mordido – explicou Thomas –, e estamos em busca de uma cura.
    - É, eu percebi que há contaminação – falou Terry.
    - Você vem conosco?
    - Acho que sim – respondeu o bombeiro –, aliás, tenho que procurar meu irmão, pois acredito que ele tenha fugido e esteja vivo ainda.
    - Então vamos – falou Shizuki.
    Os outros assentiram.
    Então Shizuki, Thomas e Terry seguiram em frente, sentido leste.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Capítulo 17: Mortos... VIVOS!!!


Nas ruas de Bayherd…
   
    Terry, o bombeiro de Filadélfia, já estava quase chegando na casa da sua família. Ele já estava até assustado com os cenários por onde passava, pois não era normal ver tudo ensangüentado e muitos veículos batido.
    Terry virou a rua à esquerda, pensando no que acontecera.
    Depois de mais alguns segundos de carro, ele finalmente chegou na sua casa. Estacionou o carro na calçada e saiu do veículo.
    Ao sair, percebeu que sua casa também estava estranha, o que deixou o rapaz ainda mais desesperado.
    - O que está havendo aqui? – se perguntou.
    Ele abriu o portão e entrou no quintal – onde o chão e as paredes estavam sujas com marcas de sangue.
    - MÃE? PAI? TYSON? TEM ALGUÉM AÍ?
    Terry caminhou até a porta e viu que ela estava aberta.
    Entrou.
    No chão da sala muitas pegadas de sangue. Nas paredes, marcas de mãos. Ele subiu as escadas correndo, desesperado, pois isso já estava passando dos limites! Ele chegou no corredor e viu o cenário destruído, como a cidade. Entrou no banheiro, nada. Entrou no quarto de hóspedes, nada. Entrou no quarto do Tyson, também nada. Só lhe restava o quarto dos fundos – o de seus pais.
    O rapaz caminhou lentamente até o quarto, abriu a porta e entrou. Ele se surpreendeu: seus pais estavam mortos na cama.
    O rapaz não pôde conter o choro:
    - Pai, mãe, o que aconteceu? O que está havendo nessa cidade? Parece um pesadelo! – ele se aproximou e percebeu que havia muitas mordidas pelo corpo do casal.
    Estranhou.
    De repente, os cadáveres se levantaram, agarrando Terry.
    - Hã? O que é isso? É algum tipo de brincadeira?
    Ele recuou e observou seus pais se levantando. Mas viu que eles estavam diferentes. Havia muitos danos em seus rostos, a pele estava muito pálida, e seus olhos estavam sem íris, completamente brancos.
    Os mortos-vivos já estavam em pé, e, lentamente, andaram em direção ao rapaz.
    - Agora faz sentido! – ele refletiu – Todas aquelas pessoas vagando pelas ruas sem rumo. Toda essa destruição. Parece filme, mas a realidade é que essa cidade está… infestada de zumbis!
    Ele saiu do quarto e correu pelo corredor em direção à escada.
    - Mas eu não encontrei Tyson – observou. – Isso quer dizer que ele possa estar vivo. Mas onde?
    Então, assustadoramente, apareceu pela janela do fim do corredor, um cão-zumbi, muito feroz. Terry não perdeu tempo e desviou para as escadas. Correu pela sala e saiu pela porta dos fundos da casa e deu de cara com um grupo de cinco zumbis.
    - Ah, não! – lamentou, se vendo cercado.
    Ele fechou a porta atrás de si. Os zumbis ainda se aproximavam, o deixando encurralado na parede. O grupo vinha muito lentamente, mas Terry não tinha escapatória – se abrisse a porta da casa se depararia com um cachorro demoníaco!
    Mas quando os zumbis chegaram perto o suficiente para matá-lo:
    PA! PA! PA! PA! PA!
    Todos já tinham suas cabeças explodidas com os tiros das armas.
    - Hã? – se perguntou Terry, confuso.
    Quando os corpos sem cabeça caiu ele pôde se ver salvo. Quem o salvara foram dois policiais: Shizuki Hoshimuro e Thomas Andrea.
    - Quem são você?

Pela cidade…

    Michael, filho mais velho do presidente, e Robert, ex-policial federal, já estavam na cidade rondando sem destino, pois já haviam percebido que Bayherd estava infestada de mortos.
    - Agora entendi – comentou Robert, pensativo.
    - Entendeu o que? – indagou Michael.
    - O verso misterioso do bilhete: em grandes apuros a sociedade…
    - Pensando bem, Robert, você tem razão. Agora tudo faz sentido! Mas quem está por trás disso tudo?
    - Será alguma contaminação de um novo vírus?
    Eles viraram à esquerda.
    - Seja o que tenha acontecido, não será nada fácil encontrar o meu irmão.
    Michael parecia sem entusiasmo, pois não havia – aparentemente – nenhum ser vivo em Bayherd, o que significaria que Max…
    - Não perca as esperanças, Michael. Lembra-se das duas últimas estrofes?
    - Seja breve e rápido se quiser a verdade.
    - Temos chances ainda – Robert parecia confiante.
    Michael olhou para o relógio da gasolina, depois falou:
    - Precisamos achar um posto de gasolina por aqui, ou teremos que viver nesse pesadelo à pé.
    Robert assentiu.

Perto de um posto de gasolina…

    A SSIE – Service Secret of Investigations and Espionage (Serviço Secreto de Investigações e Espionagens – mandou três de suas melhores espiãs à Bayherd para investigar um cientista misterioso: o Dr. Giuliano.
    As três garotas (Julia, Sharon e Mary) acabaram de chegar na cidade, onde perceberam milhares de zumbis espalhados por toda parte. Por isso, elas andam às escondidas – hora pulando de casa em casa, hora correndo pelas sombras – para não levantar suspeitas.
    Elas estavam indo em direção ao High School Bayherd City, quando viram alguém correndo para um prédio, do outro lado da rua.
    - Vamos meninas! – ordenou Julia, a líder.
    As outras duas assentiram.
    Elas também entraram no edifício.
    Ao entrar, viram o homem entrar num elevador.
    - Pelas escadas – sugeriu Sharon, uma mulata muito bonita.
    Subiram as escadas, sempre desviando dos cadáveres que encontravam pelo chão. Sem falar os zumbis, que vagavam pelos escritórios do prédio, sem rumo. O prédio parecia de uma empresa.
    As três corriam rapidamente em direção ao terraço, destino do rapaz. Passavam pelo segundo andar, pelo terceiro, pelo quarto, pelo quinto e, finalmente, chegaram ao sexto, onde havia um heliporto.
    Mas se surpreenderam quando viram que o rapaz estava morto no chão.
    - Droga! – exclamou Julia.
    - Chegamos tarde demais – lamentou Mary, cujos cabelos louros se destacavam na noite.
    Elas se aproximaram do corpo, estranhando:
    - Quem o matou? – questionou Julia.
    - Foi tão rápido! – falou Mary. – Com certeza há alguns segundos.
    - Vejam, meninas – falou Sharon, depois de checar o cadáver –, há uma chave pendurada no pescoço dele – ela pegou a chave dourada.
    - E acho que sei como ele morreu – inseriu Julia; elas viram uma enorme mordida no pescoço do rapaz, logo após a tirada da chave.
    - Espere um pouco – refletiu Mary –, se ele morreu à mordidas de zumbis, quer dizer que…
    Julia, Mary e Sharon deram meia volta, onde se viram cercadas de mortos-vivos, pelo menos havia uma dúzia deles.
    - Eu sabia que não deveríamos ter confiado naqueles corpos espalhados pelo chão! – lamentou Julia.  

domingo, 9 de setembro de 2012

Capítulo 16: Sejam bem-vindos à Bayherd... a cidade dos mortos!!!

Em outra parte da rua que fica atrás do aeroporto…
   
    Thomas e Shizuki eram outra dupla que se salvara do aeroporto que estava infestado de zumbis. Ambos eram policiais estrangeiros, e cada um estava nos EUA para um objetivo.
    - Agora que já podemos conversar com mais calma – falou Shizuki -, Thomas, o que te trouxe aqui?
    Thomas explicou, com seu sotaque:
    - Há algumas semanas, meu parceiro de polícia francesa foi misteriosamente capturado na floresta de Bayherd, enquanto investigava uma base de nazistas alemães.
    - Deixe eu entender melhor – interrompeu o policial japonês -, há nazistas treinando aqui em Bayherd.
    Thomas confirmou.
    - Isso está muito estranho – continuou Shizuki. – Primeiro aquele atentado terrorista em Filadélfia, um ano atrás. Estão dizendo na polícia que tudo foi obra desses nazistas. Agora você diz que seu amigo foi capturado perto da base deles, enquanto os investigava.
    - Exato. Não há dúvidas que eles estejam por trás disso tudo.
    - Mas e a cidade – indagou o japonês -, será que está assim por culpa deles também?
    Os dois estavam confusos quanto a isso, pois havia zumbis em todo o lugar, desde o aeroporto até às ruas de Bayherd.
    - E você, Shizuki, o que faz aqui?
    - Na verdade cheguei aqui por acidente. Fui chamado pela SWAT para participar de uma missão e acabei pegando o vôo errado. De vez eu ir para Nova York, vim para Bayherd.
    - E qual era essa missão? – perguntou Thomas.
    - Era algo sobre resgatar alguém em… Bayherd.
    Os dois ficaram pensativos.
    - Será que há mais policiais nessa cidade? – questionou o francês.
    - Isso não importa agora – Shizuki olhou para seu ferimento. – Temos que procurar um hospital, ou virarei um comedor de gente.
    Os dois entraram numa rua, sentido leste.
    Depois de andar alguns metros, viram um grupo de zumbis mais a frente, bloqueando a rua. Mas eles não prestavam a atenção em Thomas e Shizuki, pois estavam devorando um policial, que gritava de dor: “AAAAAAAAAHHH…”.
    - Vamos ajudá-lo – falou Thomas, desesperado.
    Ele olhou para Shizuki, que apenas lamentava com a cabeça.
    - Esse aí já era – falou o japonês. – Em breve virará um deles. Se ajudarmos não vai adiantar de nada, apenas complicar nossa situação, que já não é muito boa.
    Thomas assentiu.
     Então os dois desviaram o caminho para um beco.

De volta à rua onde está a equipe da SWAT-D2…

    Depois de ser salvo por um policial, Bryan se levantou.
    - Quem é você? – perguntou ao policial que o salvara.
    - Eu me chamo Brad Goldman – ele estendeu a mão; Bryan a apertou – sou policial de Filadélfia.
    - E eu sou Claire Meicons, agente do FBI.
    - Obrigado pela ajuda – falou Bryan a Brad. – Ah, e esses são Davis Mores e Antony Martins.
    Depois das apresentações, Davis perguntou:
    - Vocês sabem o que aconteceu nessa cidade?
    - A única coisa que sabemos – respondeu Brad – é que estamos lidando com mortos-vivos.
    - Percebemos isso também – falou Bryan. – Mas a cidade toda está assim?
    - Parece que sim – respondeu Claire. – Aliás, vocês vieram fazer o que aqui?
    Bryan explicou tudo sobre a missão e a equipe desaparecida. No final, Claire fez outra pergunta:
    - Mas Tony, você saiu do FBI?
    - Eu estava de férias, e falei para Bryan: se tivesse alguma missão era para ele me chamar.
    - E vocês – perguntou Davis -, o que fazem em Bayherd?
    - Eu estava numa missão hoje à tarde na floresta daqui no meu jipe – falou Brad -, quando vi um carro batido no tronco de uma árvore.
    - Um carro batido? – indagou Bryan. – E você viu quem era o motorista?
    - Não – respondeu Brad. – Me aproximei do veículo e vi que havia muitos danos nas portas e no capô, sem falar nas janelas quebradas. Parecia obra de criaturas. De repente fui surpreendido por zumbis – todos se entreolharam. – Eram muitos, então corri em direção à cidade. Quando cheguei numa rua, já de noite, me deparei com Claire, que rondava pela cidade sozinha.
    - E você, Claire? – perguntou Tony.
    - Eu e Eddy estávamos perseguindo um nazista pela estrada – respondeu a moça. – Ele estava vindo em direção à Bayherd. Quando ele entrou na cidade, seu veículo foi atingido por uma caminhonete desgovernada. Daí houve uma explosão, atingindo também o carro onde eu e o Eddy estávamos.
    - Então quer dizer… - Tony estava falhando sua voz, de tanta preocupação com o amigo. – Quer dizer que o Eddy morreu?
    - Não sei – respondeu Claire em tom triste. – Eu pulei do carro, me salvando. Quando fui olhar se Eddy estava bem não achei seu corpo. O do nazista também havia desaparecido. Ah, e quanto ao motorista da caminhonete, era um zumbi.
    De repente eles ouviram uma explosão: BOOOOOOOOMMMM!!!!!!!
    - O que foi isso? – perguntou Davis.
    - Acho que há mais nazistas pela cidade – respondeu Brad.
    Então Raymond, lá do carro, buzinou: FOOOMM!!!!
    - Temos que ir – falou Bryan.
    - Vocês querem carona? – perguntou Davis aos policiais.
    - Ficaremos à pé mesmo – respondeu Claire.
    - Cuidado, hein Claire! – brincou Tony.
    - Não se preocupe, Tony – respondeu ela sorrindo. – Sei me cuidar muito bem.
    Eles se despediram e Bryan, Davis e Tony voltaram ao carro da SWAT.
    
    Enquanto eles voltavam ao seu caminho, já com o carro em movimento, Raymond perguntou:
    - O que a Claire estava fazendo aqui, Tony?
    - Ela e o Eddy estavam na cidade atrás de um nazista.
    - E quem era o outro? – perguntou Jeff.
    - Um policial de Filadélfia – respondeu Bryan.
    - Vocês estavam conversando sobre o quê?
    - Nada – respondeu Tony ironicamente. – Apenas descobrimos que não estamos sozinhos nessa cidade.
    - Como assim?
    - Todos nós – respondeu Davis – estamos lidando com… zumbis.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Capítulo 15: Entrando em Bayherd. Parte 2


    Tony e Claire ainda estavam se encarando, quando Davis perguntou ao policial:
    - Você a conhece?
    - Claro! – respondeu ele – Ela também é agente do FBI.

Entrada por onde a Equipe da SWAT-D2 passara: 8:02 p.m.

    Um lindo Porsche cinza acabou de entrar em Bayherd, cujo motorista é Terry Mendez, integrante do Corpo de Bombeiros de Filadélfia.
    Terry estava na cidade para passar seus três dias de folgas, pois seus pais e seu irmão mais novo moram em Bayherd.
    Assim que chegou, o rapaz virou a primeira direita, quando estranhou algo diferente nas ruas e casas:
   
    Se você ainda não sabe a sensação de estar em Bayherd, vai aí uma pequena idéia.
    Imagine você aí em seu bairro, às duas horas da madrugada, andando pelas ruas sozinho. Sem falar nos carros pegando fogo em resultado de batidas, ruas ensangüentadas, muros e paredes de casas também ensangüentadas, vitrines de lojas e janelas de casas quebradas e rachadas, e, finalmente, mortos vagando pelas ruas e pelas calçadas, todos querendo te devorar. Sem mencionar ainda o som de cachorros latindo à distância e gemido de pessoas, parecendo todas assustadas, lembrando o “UUUUUUUUUHHH…” de fantasmas.

    Era isso que Terry sentia, mas ele não sabia ainda sobre os zumbis.
    - O que será que houve aqui? – se perguntava toda hora, cada vez que via as coisas destruídas.
    Ele não vira quase ninguém desde quando chegou na cidade, apenas três ou quatro pessoas vagando pelo meio das ruas – aparentemente sem rumos.
    Mas ele ignorou e continuou seu caminho até a casa dos pais.

Entrada sul de Bayherd: 8:02 p.m.

    - Meu Deus! O que houve aqui? – Michael estava realmente muito espantado. Ele e Robert acabaram de chegar na cidade, e logo viram uma paisagem muito assustadora.
    - Eu acho que isso é resultado de alguma guerra.
    De repente, um homem vestido de soldado – aparentemente um nazista – entrou correndo numa loja mais a frente do carro de Michael.
    - Parece que achamos nossa primeira informação.
    Ele parou o carro em frente ao lugar. Depois ele e Robert saíram do veículo e correram em direção à loja.
    - Qual é o plano? – perguntou Robert.
    - Plano? – ironizou Michael – Que plano?
    Ambos iam abrir a porta de vidro da loja, quando:
    PA! PA! PA! PA!
    - O que foi isso? – perguntou o ex-policial.
    - Tiros – respondeu Michael – E vem de longe. Do nordeste da cidade.
    Robert deu uma olhada para a rua, e então se espantou:
    - Parece que temos companhia!
    - Companhia? – Michael olhou para onde Robert apontava, e viu dezenas de “pessoas” se aproximando deles.
    - Pessoas? – Michael estranhou.
    - Pessoas não! – disse o ex-federal – ZUMBIS!
    Os dois correram em direção ao carro.
    - O que são eles? – Michael estava muito assustado.
    - Sei lá. Pergunte a eles.
    Quando as pessoas estavam muito próximas, eles entraram no veículo. Depois Michael pisou fundo no acelerador e rumou sentido norte.

Entrada norte de Bayherd: 8:02 p.m.

    Num carro verde estava a repórter Emily Fardner e seu camera-man, Jason Schnader, ambos trabalhando para a emissora de TV da pequena cidade.
    Emily estava, junto de seu fiel companheiro, fazendo uma reportagem em Filadélfia. Mas quando voltaram encontraram a cidade toda destruída. Agora estão vagando por Bayherd para ver se encontram alguma pessoa normal, pois os dois acreditam que as que encontraram desde que chegaram não são humanas.
    - Emily, você acha que isso é algum tipo de filme? – perguntou Jason, que estava dirigindo.
    - Filme? – respondeu a repórter – Pelo amor de Deus! Se isso fosse um filme, você acha que o norte todo de Bayherd estaria assim, Jason?
     - Ah, mas foi apenas uma hipótese.
    Jason era aquele tipo de cara desastrado, apesar de bonito. Ele trabalha junto de Emily há dois anos e meio, e desde então não se separam. Jason gosta dela, mas é muito tímido para admitir.
    Por outro lado, Emily vê Jason como um irmão mais novo, apesar de ele ser mais velho que ela. Ela nunca desconfiou – ou desconfia – que está sendo amada às escondidas. Mas Emily gosta do rapaz, e os dois são ótimos amigos.
    - Não sei se você percebeu, Jason – ela falou -, mas acho que essas pessoas que vimos até agora são, sei lá… zumbis?
    - Zumbis? Você não acredita nisso, acredita? – Jason, apesar de parecer nada preocupado, estava morrendo de medo. Emily percebia isso claramente, mas não falava nada para não constranger o amigo.
    - Ah, vai saber! Do jeito que o mundo está hoje eu acredito em qualquer coisa.
    Eles continuaram rondando o norte da cidade sentido oeste, quando, de repente, Jason virou numa das ruas “não-bloqueadas por veículos batidos” e se deparou com alguém.
    - Cuidado, Jason – gritou Emily. Então ele desviou do indivíduo, mas, graças a isso, bateu o carro num poste.
    PAAK!!!
    - Emily, você está bem? – Jason perguntou enquanto abria a porta do carro. Por pouco eles não se machucam, pois a batida foi quando eles estavam lentos, na entrada da rua. Mesmo assim o carro ficou muito danificado.
    - Acho que sim – ela respondeu -, mas o carro já era!
   
No Malold’s Bar…

    Sophia e Connor acabaram de sair do aeroporto dos mortos, assim se salvando. Mas eles perceberam que o refúgio não era o lugar mais seguro: Bayherd também estava infestada de zumbis.
    Eles se viram cercados depois de bater o carro – que encontraram no estacionamento do aeroporto – e entraram no Malold’s Bar. Mas tiveram uma grande surpresa, pois lá também havia zumbis. Connor os exterminou e depois os dois ouviram um barulho.
    - Vem do banheiro – disse o rapaz.
    Sophia se aproximou da porta. Connor disse, entregando sua Shotgun à ela:
    - Vou arrombar a porta. Se for um inimigo, atire!
    Ele tomou distância e correu em direção à porta. Arrombou. Assim que abriu o caminho, Sophia já estava mirando no outro rapaz, que estava escondido.
    - Por favor, não atire – disse apavorado, com as mãos para cima.
    - Quem é você? – perguntou Connor.
    - Não se preocupe, não sou zumbi.
    Ambos saíram do banheiro, enquanto Sophia abaixava a arma e a entregava à Connor.
    - Eu sou Alexander Malold, mas podem me chamar de Alex.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Capítulo 14: Entrando em Bayherd. Parte 1


Bayherd: 7:59 p.m.

    Apareceu, do sudoeste da cidade, um helicóptero do exército, cujas iniciais eram CID. Quem estava pilotando era Steve Caper, que fora mandado em missão à pequena cidade para investigar a base dos nazistas que fica numa floresta das redondezas de Bayherd.
    - Finalmente cheguei – falou o soldado quando finalmente viu o começo da cidade. Ele pensara em se hospedar num hotel, mas antes tinha que achar um lugar para pousar o helicóptero.
    Ele passou por cima do aeroporto e logo já estava sobrevoando as casas de Bayherd. Steve continuou em sentido norte até achar um heliporto, situado no terraço de um prédio. Pousou.
    O soldado saiu do helicóptero quando, de repente, viu um nazista andando discretamente pela rua abaixo.
    - Hã? – se perguntou olhando para baixo – Um nazista andando livremente pela cidade?
    Foi quando ele percebeu um cenário horripilante da cidade: asfaltos ensangüentados, carros e outros veículos batidos nas ruas, vidraças de lojas rachadas e/ou quebradas...
    - Será que houve uma guerra por aqui? – comentou com si próprio, já colocando a mochila do pára-quedas – Vamos ver aonde esse cara vai.
    Steve pulou do prédio de dez andares.
    Enquanto estava no ar ele viu muitas pessoas vagando pelas ruas, como se estivessem sem rumo. Mas ignorou. Abriu o pára-quedas.
    Quando o rapaz já estava chegando ao chão – ele ia sair bem atrás do nazista – o inimigo percebeu sua presença e saiu correndo. Steve não teve escolha a não ser tirar o pára-quedas antes da hora.
    Ele caiu de pé no chão e em seguida saiu em disparada atrás do indivíduo.

Entrada nordeste de Bayherd: 7:59 p.m.

    Um carro preto acabou de entrar em Bayherd, onde vinha de Nova Jérsei. No veículo havia dois homens: um de cabelos longos e outro de boné, ambos usando roupas muito simples.
    - Chegamos – falou o de boné; depois inseriu: - Agora vamos perguntar a alguém onde fica o hotel mais próximo.
    - De preferência um bem barato – brincou o outro, o motorista.
    - Você está muito ansioso, né Leo?
    - E não deveria estar? É o nosso primeiro dia de trabalho como policiais... Já imaginou? Leonard Wendel e Mark Servest, policiais de Bayherd; seu amigo sorriu.
    - Finalmente um sonho realizado.
    Eles estavam ainda na estrada, já na cidade, onde não havia muitas casas. O rapaz de boné viu uma loja aberta mais a frente:
    - Que tal pedirmos informações ali? – apontou.
    Leonard assentiu. Ele parou o veículo em frente ao lugar, onde estava escrito numa placa em cima da porta: OFICINA DO DOC.
    - Será que tem alguém aí dentro, Mark? – disse Leo desconfiado, pois até agora não vira ninguém nas ruas, apenas alguns carros parados.
    - Se não tivesse a oficina estaria fechada – eles saíram do automóvel.
    Os dois entraram no lugar.
    Era uma oficina normal: havia carros a serem arrumados, ferramentas espalhadas pelo chão, graxa para todo lado, etc.
    Mark foi até o fundo da oficina, enquanto Leonard ficou vigiando o carro. O rapaz de boné viu um mecânico de costas para ele, então se aproximou:
    - Com licença, senhor – ele chamou. – Poderia me dizer onde fica o hotel mais próximo daqui?
    Ele não respondeu.

    Enquanto isso, do lado de fora da oficina, Leo avistara um grupo de pessoas um pouco longe, dentro da cidade. O grupo estava se aproximando lentamente, o que despertou desconfiança do rapaz.
    - Será alguma procissão? – se perguntou.

    Dentro da oficina, Mark insistiu:
    - O senhor sabe ou não sabe?
    Leo entrou na oficina:
    - Mark – chamou gritando. – Por que está demorando tanto?
    Mark virou-se para o policial. De repente, o mecânico também se virou dando uma mordida no pescoço dele:
    - AAAAAAAAAAAARRGH... – gritou.
    Leo acabara de entrar ali e viu a cena.
    - MARK! – gritou.
    O mecânico continuava a morder o rapaz, enquanto ele gritava:
    - Leo, me ajuda!
    O policial sacou um revólver e mirou no mecânico:
    - Parado, ou eu atiro!
    - Leo – chamou Mark -, eu… sinto u-uma coisa estranha… dentro… dentro de mim.
    - Hã?
    - Como se tivesse… algo percorrendo pelo… pelo meu sangue, algo muito… doloroso!
    Leonard novamente gritou ao indivíduo:
    - Eu disse parado!  
    E finalmente o mecânico parou. Mas não por que Leonard mandou, e sim por que Mark já estava morto. Ele olhou para o mecânico, e Leonard percebeu que o mesmo era na verdade um morto-vivo!
    Leonard se assustou, e o mecânico o atacou, mas o policial desviou a tempo e atirou em sua cabeça: PAA!!
    O indivíduo tinha morrido, e Leo estava desesperado. Ele ajoelhou-se ao lado do cadáver de Mark e começou a chorar.
    - Mark! Não!
    Depois ele deu uma olhada na ferida no pescoço do seu amigo, uma mordida enorme:
    - O-o que… o que é isso? Por que aquele cara te atacou? – se perguntou. – Ele parecia um… zumbi.
    Foi aí que ele lembrou do grupo se aproximando.
    - Então se aquele cara era um zumbi, todas aquelas pessoas também…
    Antes de terminar a frase ele correu desesperado em direção ao carro e entrou no veículo. Já havia centenas de mortos-vivos por perto. Ele ligou o carro, quando alguém bateu na porta: era o Mark.
    - Mark? Como você?… - mas Leo percebeu que não era o mesmo Mark de antes, sua aparência estava completamente diferente: ele tinha, agora, o rosto pálido e muito danificado, olhos sem íris e dentes afiados. Parecia também que estava selvagem, querendo atacar Leonard.
    Por sorte o vidro do carro estava levantado. Agora não era só Mark que estava tentando entrar, e sim meia dúzia de zumbis, depois dez, agora vinte!
    Leonard acelerou o carro, atropelando todos os mortos que estavam em sua frente, jogando-os pelos ares.
    - Preciso ir à polícia… urgente!

Entrada oeste de Bayherd: 8:00 p.m.

    A equipe da SWAT-D2 acabou de chegar em Bayherd.
    Assim que chegaram eles perceberam algo diferente:
    - A cidade está totalmente destruída – comentou Jeff.
    - O que será que houve aqui? – perguntou Davis.
    - Ela está muito diferente de quando estive aqui – afirmou Ray.
    - Será que foram as criaturas que você viu quem atacou Bayherd? – questionou Bryan.
    - Se for isso deve haver muitas delas pela cidade – respondeu Ray.
    - Tomara que não nos encontremos com nenhuma delas por aí – comentou Tony, estremecendo.
    Bryan apertou um botão no aparelhinho que Davis distribuíra antes da missão:
    - Richard? – chamou.
    - Pode falar, capitão – respondeu ele através do fone.
    - Você tem alguma informação sobre o local?
    - Alguma informação?
    - Parece que houve uma guerra aqui.
    - Pode deixar.
    - Certo.
    Eles continuaram seu caminho, entrando na terceira direita quando, de repente, alguém pulou em cima do carro.
    - Droga! – gritou Raymond, atropelando o indivíduo, jogando-o pelos ares.
    Ele parou o carro.
    - Caramba, Ray. Você atropelou aquele cara – falou Tony.
    - Não tive culpa, ele apareceu do nada.
    Todos ficaram em silêncio por alguns segundos.
    - Davis e Tony – chamou Bryan –, sigam-me.
    Os três desceram e foram até o corpo do rapaz, que estava caído na rua, mais a frente da Blazer.
    Bryan agachou-se para examiná-lo.
    - Ele está morto – lamentou, depois de colocar a mão sobre o pescoço do cadáver.
    Tony virou-se para o carro da equipe e gritou:
    - EI, RAY, VOCÊ MATOU ELE!
    - Tem certeza que ele está morto, capitão? – indagou Davis.
    - Absoluta – respondeu Bryan -, ele não respira e a sua pulsação parou.
    De repente o “morto” agarrou Bryan:
    - Capitão! – gritaram Tony e Davis ao mesmo tempo, ambos espantados.
    - Me solta, seu… – Bryan lutava para se soltar.
    Davis e Tony tentaram sacar seus revólveres, enquanto o indivíduo se preparava para morder o pescoço do capitão. Mas perceberam que haviam deixado no carro.
    - Ele está louco – falou Bryan desesperado -, vai me morder!
    Mas quando o morto-vivo ia atacar o policial, alguém atirou em sua cabeça: PLAFTCH!  
    - Hã? – se perguntaram os três agentes, surpresos.
    Quem atirou no zumbi foi um policial armado com uma pistola. Ele estava acompanhado de uma linda mulher de pele parda e cabelos negros, também uma policial.
    - Claire? – indagou Tony à moça, muito surpreso (além de estar vermelho). – O que você faz aqui?
    A mulher e o rapaz se aproximaram dos três policiais.
    - Pergunto o mesmo a você… Tony.
    Os dois se encararam.