Uma linda mulher: cabelos curtos e castanhos, pele branca, alta e olhos azuis - uma repórter - dava a sua reportagem a uma emissora de TV:
- Agora a pouco ocorreu uma enorme explosão na ESTAÇÃO PRINCIPAL DE METRÔ DE FILADÉLFIA. - close na entrada da estação, muito danificada. - O que se sabe é que houve poucos sobreviventes da tragédia, que estão sendo levados às preças ao hospital. - close nas equipes de socorro pondo as pessoas feridas (ou mortas) dentro da ambulâncias. - Acredita-se de que tinha cerca de 3 mil pessoas no local do acidente, seja nas plataformas ou no metrô, onde a maioria não resistiu e, infelizmente, morreu. Testemunhas disseram que viram, momentos antes do acidente, quatro homens estranhos entrando numa Mercedes preta e saindo do local rapidamente. - close na rua na qual o carro dos bandidos foi embora. - Os investigadores da polícia já estão assistindo às câmeras de segurança da estação, pois não acreditam que isso foi um simples acidente, e sim um atentado terrorista. - close na repórter. - Repórter Emily Fardner direto de Filadélfia ao Jornal da Tarde.
Depois da reportagem, a jornalista e seu camera-man ficaram de plantão aguardando novas notícias.
O pai da família que fora morta ainda estava chorando na entrada da estação. Ele era um dos únicos a serem deixados ficar ali perto por que era parente de vítimas. Parte da polícia impedia o tumulto de curiosos de chegar perto do local do acidente, enquanto as equipes de socorro e os bombeiros entravam, com muita dificuldade, na estação, para a tentativa de encontrar mais sobreviventes. O congestionamento na cidade era intenso, e o telão que ficava no alto de um prédio apontava em néon: já era 08h05 da noite.
Os Estados Unidos pararam com essa notícia, pois em quase todos os canais de televisão passava a mesma coisa: "Houve um acidente na estação de metrô da cidade de...", "...o governo diz que vai providenciar uma investigação muito reforçada sobre o caso...", "...a estimativa de pessoas presentes na tragédia é de cerca de 3 mil pessoas..."
Depois de se espalhar pelo país, se espalhou também nas Américas e, por fim, no mundo.
Minutos depois: Departemento de Polícia da SWAT-D2: Nova York, NY - EUA
Numa delegacia da recém-fundada SWAT-D2 - Special Weapons And Tactics- Division 2 -, um grupo de policiais desta agência estava assistindo ao noticiário do acidente. Eles estavam num corredor perto do filtro do café, todos sentados nas poltronas do lugar, comendo rosquinhas e biscoitos ao mesmo tempo que comentavam sobre o assunto: o "acidente" do metrô.
Um rapaz jovem, alto, corpo atlético, cabelos arrepiados e de pele branca estava saindo da sala do delegado, quando foi barrado por um dos agentes:
- Espere um pouco.
- Hã? - se perguntou, sem entender o que aquele cara queria.
- Você é o novato de que todos estavam falando? - perguntou o policial.
- Sim, sou eu mesmo. E você quem é?
- Richard Kingstein. Prazer - ele estendeu a mão ao outro.
- Eu me chamo Davis, Davis Mores, o prazer é todo meu - Davis a apertou.
- Seja muito bem-vindo à SWAT - falou Richard.
- Muito obrigado pelo recebimento.
- Você é especializado em quê?
- Eu sou atirador de elite, onde fui treinado muitos anos pelo exército - os dois caminharam pelo corredor, em direção aos outros policiais. - E você trabalha em que área, Richard?
- Na área de comunicação e informação. Sabe, eu sou como um "guia" em missões.
- Legal!
- Olha, eu percebi que seremos grande amigos! - brincou Richard.
- Eu acho que percebi isso também!!! - os dois caíram na gargalhada.
Uma hora depois: Hospital Central de Filadélfia
Robert abriu os olhos e se viu ali, deitado numa maca em um quarto escuro. A TV estava ligada, e ao lado de sua cama estava uma enfermeira conversando com um homem de meia idade, cabelos grisalhos, com sua barba bem-feita e vestido de acordo com um policial de cargo importante: era o comandante Kendall.
- Tem certeza de que ele está bem? - perguntava impaciente à enfermeira.
- Não se preocupe, senhor, ele apenas bateu forte com a cabeça.
- Está certo então - ele viu que Robert já estava acordado. - Poderia nos deixar a sós um minutinho, por favor? - pediu à moça.
- Como quiser - ela repondeu gentilmente, e saiu.
O comendante Kendall pegou uma cadeira e a pôs ao lado da maca:
- Está se sentindo melhor? - perguntou ao policial, enquanto lhe dava um copo d'água.
- Eu sou um fracassado! - respondeu Robert com tristeza e raiva de si ao mesmo tempo.
- O que você está dizendo, Robert?
- Eu fracassei. Não mereço mais fazer parte da polícia federal.
- Mas você apenas não cumpriu uma missão.
- A missão mais importante da minha vida! - ele amassou o copo descartável. - Todas aquelas pessoas morreram, e morreram por minha causa.
- Mas não foi culpa sua.
- Não precisa tentar me consolar, comandante. - Robert via na TV a notícia e, observando as imagens do noticiário, viu o homem que ele salvara do acidente, o pai daquela família feliz que, depois do acidente, tudo virou tristeza para o rapaz, que ainda chorava num canto sendo consolado por parentes e amigos. Aquilo deixou Robert ainda mais culpado pela tragédia. - Sr. Kendall, eu não mereço mais estar no FBI.
- O que você quer dizer com isso, garoto? - o comandante já imaginava o que o policial ia falar.
- Eu quero dizer que... vou me afastar da polícia. Eu desisto, e para sempre.
- Mas...
- Não diga mais nada, senhor - Robert o interrompeu. - É o que eu quero, essa é minha escolha - começou a sair lágrimas dos seus olhos. - Me desculpe.
- Se é isso que você quer... - se lamentou o outro. - Mas lembre-se - inseriu o Sr. Kendall -, estaremos sempre de portas abertas para você, garoto - ele se levantou e abriu a porta. - Até mais, Robert - e se foi.
Robert desligou a TV e ficou pensativo. Depois de alguns minutos voltou a dormir.
Muito bom man, continue assim. Esse capítulo muda tudo, acho que o Robert vai entrar na SWAT-D2 '3'
ResponderExcluirGostei desses tais de Davis e Richard!!!
ResponderExcluirMas fiquei com pena do Robert...só que tô gostando!!!