quarta-feira, 8 de junho de 2011

Capítulo 1: Os Terroristas de Filadélfia

           Terça-Feira, 19 de Novembro de 2007: Filadelfia, Pensilvânia - EUA (7:02 p.m.)
   
    Era uma noite tranquila e agitada na grande Filadélfia: o céu estrelado com poucas nuvens, fazia calor e era vésperas da inauguração de um grande shopping center.   
    Havia congestionamento de veículos nas ruas, pessoas voltando para casa depois de um longo dia de trabalho, ambulantes vendendo coisas nas calçadas, barulheira de carros impacientes buzinando, jovens e adultos em bares, etc.  
    Robert Cuvarel, um policial federal, estava num dos becos escuros da cidade encostado a uma porta, a porta lateral de um prédio abandonado. Ele acabara de chegar ali depois de seguir secretamente um suspeito de fazer parte de um grupo de terroristas.  
    Para que você entenda melhor, vou explicar tudo. O FBI - Agência Federal de Investigação (Federal Bureau of Investigations) - descobriu que há um grupo de terroristas querendo explodir uma bomba-relógio em Filadélfia. O problema é que ninguém sabe quando e onde, por isso mandaram um de seus melhores agentes em missão para investigar um dos suspeitos de fazer parte deste grupo. Robert o investigara a cerca de uma semana, até segui-lo a esse edifício abandonado.  
    O suspeito acabara de entrar no prédio, e Robert estava aguardando instruções do seu comandante, que o guiava através de um aparelhinho, que era um fone de ouvido que funcionava como rádio-transmissor.  
    - O suspeito subiu as escadas, comandante - disse Robert, enquanto olhava para dentro do prédio -, prossigo?  
    - Tenha muito cuidado, agente - respondeu o comandante através do fone de ouvido -, eles não podem sentir que estão sendo espionados.  
    - Não se preocupe, serei cuidadoso. - Robert entrou.  
    Ao entrar no edifício, Robert viu o rapaz subindo até o 3º andar e logo foi atrás. Ele reparou um prédio extremamente velho, onde provavelmente moravam mendigos e/ou usuários de drogas, pois tinha uma má iluminação, possuía paredes de pintura desgastadas e pichadas, as portas quebradas e as janelas tapadas com madeiras presas à pregos. O prédio realmente estava acabado.  
    Depois dessa reparação, ele ouviu vozes, e então percebeu que vinham de um dos apartamentos do andar. Ele se escondeu atrás de uma coluna e observou a conversa dos homens.  
   O suspeito que fora seguido pelo policial levou uma bronca dos outros quatro. Ele era um cara de uns vinte e cinco anos e tinha o cabelo de corte militar loiro. Depois de se desculpar, o mesmo perguntou:  
    - E aí, vamos agora?  
    Um baixinho de cadeiras de rodas fez que sim com a cabeça, depois inseriu:  
    - Mas vocês têm certeza que vai dar tudo certo, não é?    - Está tudo cuidadosamente planejado - disse o outro de aparência muito nobre, além do seu sotaque, que era meio russo.  
    - Espero que sim! - exclamou novamente o nanico; os outros ficaram apavorados -, ou então serão vocês quem sofrerão as consequências!  
    - Uma pergunta - pediu o sujeito mais normal do grupo -, onde jogaremos a bomba?  
    - Num lugar dessa região onde há muitas pessoas - respondeu o alemão; o rapaz que perguntara ficou pensativo.  
    O nanico os apressou, ordenando com ignorância:  
    - Deixem de conversa e vamos logo!  
    O grandalhão do grupo, que não falara nada até agora, pegou uma maleta que estava no chão encostada na parede: "A bomba!", pensou Robert, e todos desceram as escadas e saíram pela porta principal do prédio, onde havia uma Mercedes Benz CLK-500 preta estacionada no canto da rua. O policial rapidamente foi ao seu Eclipse azul escuro um pouco mais longe, mais sem deixar de observar quatro dos terroristas entrarem no carro, enquanto o grandalhão guardava a cadeira de rodas do baixinho - provavelmente o chefe - no porta-malas. Depois os cinco partiram. Robert foi atrás, mas com o cuidado da distância.  
    Assim que o policial começou a perseguição, seu comandante perguntou (através do fone):
    - Eles estão indo em que sentido?
    - Ao sentido sul, comandante.
    Depois de chegarem ao primeiro cruzamento de avenidas o farol ficou vermelho, e o carro dos terroristas parou. Robert também, à uns três carros atrás e anotou a placa e o modelo do veículo:
    - Placa: LSC-0469; Mercedes Benz CLK-500 - informou ao comandante.
    - Certo, Robert, mandarei reforços para lhe cobrir e ficarem nas sobras... Qual a avenida onde você está?
    Depois de dar alguns dados ao comandante, o farol abriu e a perseguição continuou.
    - Comandante - disse Robert sem tirar as mãos do volante -, depois que essa missão acabar eu gostaria de ser promovido, hein? - brincou o policial.
    - Se você concluir essa missão...
    - Pode deixar! - Robert estava otimista; durante seus quase sete anos de carreira ele melhorara muito, chegando a ser um dos melhores policiais federais dos Estados Unidos, pois completara diversas missões sozinho, todas difíceis. E essa... Podia ser até a mais importante de todas.
    A cidade estava maravilhosa. As luzes coloridas lembravam o natal, e aquele era um dia ótimo, cujo ambiente era de paz e tranquilidade. Mas tudo isso podia mudar, só dependia de Robert.


    Depois de alguns minutos de perseguição, do carro dos bandidos o sujeito mais normal do grupo percebeu algo diferente:
    - Chefe, acho que aquele carro está nos seguindo.
    - Tem certeza? - perguntou o nanico.
    - Bem, ele está atrás de nós desde que saímos...
    - Só faltava essa! - protestou o baixinho, irritado; ele virou para o grandalhão, que estava no banco do passageiro: - Paul, cuide deles.
    - Pode deixar, chefe - respondeu o grandalhão.
    Ele sacou um revólver de sua cintura, pôs o corpo para fora, mirou e, num tiro só, acertou o pneu do carro de Robert: 
    - Ham? O que é isso? - se desesperou o policial depois que seu carro perdeu o controle. De repente o veículo começou a capotar e cambalear, atingindo os carros da avenida, assim provocando uma enorme explosão: BOOOOOOOOOOOOMMM!!!!!!!!  
    - ROBERT!! - gritou o comandante do outro lado da linha.    Já no carro dos terroristas: 
    - Bom trabalho, grandão - elogiava-o o nanico, satisfeito.

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