quarta-feira, 30 de maio de 2012

Capítulo 14: Entrando em Bayherd. Parte 1


Bayherd: 7:59 p.m.

    Apareceu, do sudoeste da cidade, um helicóptero do exército, cujas iniciais eram CID. Quem estava pilotando era Steve Caper, que fora mandado em missão à pequena cidade para investigar a base dos nazistas que fica numa floresta das redondezas de Bayherd.
    - Finalmente cheguei – falou o soldado quando finalmente viu o começo da cidade. Ele pensara em se hospedar num hotel, mas antes tinha que achar um lugar para pousar o helicóptero.
    Ele passou por cima do aeroporto e logo já estava sobrevoando as casas de Bayherd. Steve continuou em sentido norte até achar um heliporto, situado no terraço de um prédio. Pousou.
    O soldado saiu do helicóptero quando, de repente, viu um nazista andando discretamente pela rua abaixo.
    - Hã? – se perguntou olhando para baixo – Um nazista andando livremente pela cidade?
    Foi quando ele percebeu um cenário horripilante da cidade: asfaltos ensangüentados, carros e outros veículos batidos nas ruas, vidraças de lojas rachadas e/ou quebradas...
    - Será que houve uma guerra por aqui? – comentou com si próprio, já colocando a mochila do pára-quedas – Vamos ver aonde esse cara vai.
    Steve pulou do prédio de dez andares.
    Enquanto estava no ar ele viu muitas pessoas vagando pelas ruas, como se estivessem sem rumo. Mas ignorou. Abriu o pára-quedas.
    Quando o rapaz já estava chegando ao chão – ele ia sair bem atrás do nazista – o inimigo percebeu sua presença e saiu correndo. Steve não teve escolha a não ser tirar o pára-quedas antes da hora.
    Ele caiu de pé no chão e em seguida saiu em disparada atrás do indivíduo.

Entrada nordeste de Bayherd: 7:59 p.m.

    Um carro preto acabou de entrar em Bayherd, onde vinha de Nova Jérsei. No veículo havia dois homens: um de cabelos longos e outro de boné, ambos usando roupas muito simples.
    - Chegamos – falou o de boné; depois inseriu: - Agora vamos perguntar a alguém onde fica o hotel mais próximo.
    - De preferência um bem barato – brincou o outro, o motorista.
    - Você está muito ansioso, né Leo?
    - E não deveria estar? É o nosso primeiro dia de trabalho como policiais... Já imaginou? Leonard Wendel e Mark Servest, policiais de Bayherd; seu amigo sorriu.
    - Finalmente um sonho realizado.
    Eles estavam ainda na estrada, já na cidade, onde não havia muitas casas. O rapaz de boné viu uma loja aberta mais a frente:
    - Que tal pedirmos informações ali? – apontou.
    Leonard assentiu. Ele parou o veículo em frente ao lugar, onde estava escrito numa placa em cima da porta: OFICINA DO DOC.
    - Será que tem alguém aí dentro, Mark? – disse Leo desconfiado, pois até agora não vira ninguém nas ruas, apenas alguns carros parados.
    - Se não tivesse a oficina estaria fechada – eles saíram do automóvel.
    Os dois entraram no lugar.
    Era uma oficina normal: havia carros a serem arrumados, ferramentas espalhadas pelo chão, graxa para todo lado, etc.
    Mark foi até o fundo da oficina, enquanto Leonard ficou vigiando o carro. O rapaz de boné viu um mecânico de costas para ele, então se aproximou:
    - Com licença, senhor – ele chamou. – Poderia me dizer onde fica o hotel mais próximo daqui?
    Ele não respondeu.

    Enquanto isso, do lado de fora da oficina, Leo avistara um grupo de pessoas um pouco longe, dentro da cidade. O grupo estava se aproximando lentamente, o que despertou desconfiança do rapaz.
    - Será alguma procissão? – se perguntou.

    Dentro da oficina, Mark insistiu:
    - O senhor sabe ou não sabe?
    Leo entrou na oficina:
    - Mark – chamou gritando. – Por que está demorando tanto?
    Mark virou-se para o policial. De repente, o mecânico também se virou dando uma mordida no pescoço dele:
    - AAAAAAAAAAAARRGH... – gritou.
    Leo acabara de entrar ali e viu a cena.
    - MARK! – gritou.
    O mecânico continuava a morder o rapaz, enquanto ele gritava:
    - Leo, me ajuda!
    O policial sacou um revólver e mirou no mecânico:
    - Parado, ou eu atiro!
    - Leo – chamou Mark -, eu… sinto u-uma coisa estranha… dentro… dentro de mim.
    - Hã?
    - Como se tivesse… algo percorrendo pelo… pelo meu sangue, algo muito… doloroso!
    Leonard novamente gritou ao indivíduo:
    - Eu disse parado!  
    E finalmente o mecânico parou. Mas não por que Leonard mandou, e sim por que Mark já estava morto. Ele olhou para o mecânico, e Leonard percebeu que o mesmo era na verdade um morto-vivo!
    Leonard se assustou, e o mecânico o atacou, mas o policial desviou a tempo e atirou em sua cabeça: PAA!!
    O indivíduo tinha morrido, e Leo estava desesperado. Ele ajoelhou-se ao lado do cadáver de Mark e começou a chorar.
    - Mark! Não!
    Depois ele deu uma olhada na ferida no pescoço do seu amigo, uma mordida enorme:
    - O-o que… o que é isso? Por que aquele cara te atacou? – se perguntou. – Ele parecia um… zumbi.
    Foi aí que ele lembrou do grupo se aproximando.
    - Então se aquele cara era um zumbi, todas aquelas pessoas também…
    Antes de terminar a frase ele correu desesperado em direção ao carro e entrou no veículo. Já havia centenas de mortos-vivos por perto. Ele ligou o carro, quando alguém bateu na porta: era o Mark.
    - Mark? Como você?… - mas Leo percebeu que não era o mesmo Mark de antes, sua aparência estava completamente diferente: ele tinha, agora, o rosto pálido e muito danificado, olhos sem íris e dentes afiados. Parecia também que estava selvagem, querendo atacar Leonard.
    Por sorte o vidro do carro estava levantado. Agora não era só Mark que estava tentando entrar, e sim meia dúzia de zumbis, depois dez, agora vinte!
    Leonard acelerou o carro, atropelando todos os mortos que estavam em sua frente, jogando-os pelos ares.
    - Preciso ir à polícia… urgente!

Entrada oeste de Bayherd: 8:00 p.m.

    A equipe da SWAT-D2 acabou de chegar em Bayherd.
    Assim que chegaram eles perceberam algo diferente:
    - A cidade está totalmente destruída – comentou Jeff.
    - O que será que houve aqui? – perguntou Davis.
    - Ela está muito diferente de quando estive aqui – afirmou Ray.
    - Será que foram as criaturas que você viu quem atacou Bayherd? – questionou Bryan.
    - Se for isso deve haver muitas delas pela cidade – respondeu Ray.
    - Tomara que não nos encontremos com nenhuma delas por aí – comentou Tony, estremecendo.
    Bryan apertou um botão no aparelhinho que Davis distribuíra antes da missão:
    - Richard? – chamou.
    - Pode falar, capitão – respondeu ele através do fone.
    - Você tem alguma informação sobre o local?
    - Alguma informação?
    - Parece que houve uma guerra aqui.
    - Pode deixar.
    - Certo.
    Eles continuaram seu caminho, entrando na terceira direita quando, de repente, alguém pulou em cima do carro.
    - Droga! – gritou Raymond, atropelando o indivíduo, jogando-o pelos ares.
    Ele parou o carro.
    - Caramba, Ray. Você atropelou aquele cara – falou Tony.
    - Não tive culpa, ele apareceu do nada.
    Todos ficaram em silêncio por alguns segundos.
    - Davis e Tony – chamou Bryan –, sigam-me.
    Os três desceram e foram até o corpo do rapaz, que estava caído na rua, mais a frente da Blazer.
    Bryan agachou-se para examiná-lo.
    - Ele está morto – lamentou, depois de colocar a mão sobre o pescoço do cadáver.
    Tony virou-se para o carro da equipe e gritou:
    - EI, RAY, VOCÊ MATOU ELE!
    - Tem certeza que ele está morto, capitão? – indagou Davis.
    - Absoluta – respondeu Bryan -, ele não respira e a sua pulsação parou.
    De repente o “morto” agarrou Bryan:
    - Capitão! – gritaram Tony e Davis ao mesmo tempo, ambos espantados.
    - Me solta, seu… – Bryan lutava para se soltar.
    Davis e Tony tentaram sacar seus revólveres, enquanto o indivíduo se preparava para morder o pescoço do capitão. Mas perceberam que haviam deixado no carro.
    - Ele está louco – falou Bryan desesperado -, vai me morder!
    Mas quando o morto-vivo ia atacar o policial, alguém atirou em sua cabeça: PLAFTCH!  
    - Hã? – se perguntaram os três agentes, surpresos.
    Quem atirou no zumbi foi um policial armado com uma pistola. Ele estava acompanhado de uma linda mulher de pele parda e cabelos negros, também uma policial.
    - Claire? – indagou Tony à moça, muito surpreso (além de estar vermelho). – O que você faz aqui?
    A mulher e o rapaz se aproximaram dos três policiais.
    - Pergunto o mesmo a você… Tony.
    Os dois se encararam.

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