quarta-feira, 16 de maio de 2012

Capítulo 13: Uma fuga e uma charada



De volta ao aeroporto...

    - Você está aí desde quando? – perguntou Shizuki.
    - Eu acabei de entrar aqui. Eram muitos… como vocês dizem?… zumbis – Thomas guardou sua arma. – Eu achei que aqui era mais seguro, então não tive muita escolha.
    - Eu não tive tanta sorte assim como você, pois antes de entrar aqui fui mordido por um deles bem aqui na minha perna – Shizuki mostrou o ferimento; Thomas ficou completamente assustado.
    - Tem risco de contaminação, estou certo? – perguntou.
    - Infelizmente sim – respondeu o policial japonês.
    - E agora, o que você vai fazer?
    - Primeiro tentar escapar desse pesadelo, e depois achar uma cura – essa resposta lembrou os dois que estavam cercados. – Temos que dar um jeito de sairmos vivos daqui, mas como?
    - Eles são milhares! – disse Thomas olhando para a porta do banheiro, que era vítima de batidas extremamente fortes – Se sairmos pela porta viraremos comida de canibais. Há uma janela no fundo do banheiro – ele apontou para a janelinha – mas é pequena demais.
    - Já sei! – gritou Shizuki; Thomas só faltou morrer de um ataque cardíaco. Shizuki contou seu plano ao francês.

    Depois de vestir seu uniforme de policial, Shizuki e Thomas abriram a porta, jogaram uma granada explosiva no meio da multidão de zumbis que estavam ao pé da porta do banheiro e a fecharam. Depois do BOOOOOOOOOMMMM!!!! eles a abriram novamente e, aproveitando o caminho limpo, saíram correndo às pressas em direção à entrada principal do aeroporto, no andar de baixo.
    Chegando lá tiveram uma grande decepção:
    - Droga! Está completamente bloqueada!
    - Vamos ter que arrumar outro meio de sair daqui… – observou Shizuki. Ele olhou para a saída de incêndio, mas havia muito zumbis por perto – Eu percebi que no andar superior há diversas janelas enormes que levam à uma cidade que fica atrás deste aeroporto. Vamos até lá!!
    - Mas temos outro problema! – Thomas apontou para os zumbis que os cercavam.
    - São lentos, acho que conseguiremos sair imunes.
    - Você acha? – Thomas estava apavorado, pois nunca havia passado por uma situação como aquela; Shizuki também não, mas parecia que em pouco tempo já se acostumara com esse novo perigo, já era uma nova experiência dentre tantas em sua vida.
    Os dois correram até a escada rolante e subiram até o segundo andar, sempre desviando dos zumbis. Shizuki apontou para as “janelonas” de 4 metros de altura cada, ao fundo, e os dois rumaram àquela direção.
    Atrás das janelas – que pareciam mais vitrines – tinha uma rua da cidade como destino. Mas antes teriam de quebrá-las para passar.
    - Temos que pular – lamentou o policial japonês. – É a nossa única opção!
    - Se é para salvar nossas vidas… –Thomas olhou para trás e levou um grande susto. – Vamos rápido, olhe para trás.
    Daí, sem parar de correr, Shizuki deu uma olhada e viu milhares de zumbis se aproximando dos dois. Era incrível como era assustador: milhares de mortos-vivos horríveis caminhado em sua direção.
    Eles continuavam se aproximando da janela mais e mais até faltar apenas alguns metros:
    - No “3” a gente pula – falou Shizuki; Thomas assentiu. – 1… 2… 3!!!
    Os dois pularam quebrando o vidro da janela e tendo como alvo a rua atrás do aeroporto.
   - AAAAAAAAAAAAHHHH… – gritavam enquanto caíam. Por sorte caíram no toldo de uma loja de roupas, assim amortecendo a queda.
    - Ufa, essa foi por pouco – se aliviou Thomas.
    Os dois pularam para a calçada.
    - Ai! – gritou Shizuki, provavelmente por causa de seu ferimento – Minha perna está doendo muito!!
    - Você vai ficar bem?
    - Espero que sim.
    Thomas olhou a sua volta e viu diversos zumbis vagando pelas ruas.
    - Bom, parece que aquele aeroporto não era o único lugar que estava tomado pelos mortos – Shizuki também olhou a paisagem. – Hoje é sexta-feira 13, não é? – perguntou ao japonês, que confirmou com a cabeça – Parece que teremos uma noite muito emocionante e assustadora hoje, não acha, Shizuki?
      - E o pior: – inseriu o outro – eu corro o risco de virar um deles!

Enquanto isso: estrada de Washington-Filadélfia

   Michael e Robert estavam quase chegando à cidade de Bayherd. Eles estavam conversando sobre a missão:
      - Você está me dizendo que seu pai recebeu uma mensagem em uma flecha logo após o seqüestro de Max? – perguntava Robert ao policial.
      - Exatamente. E nela estava escrito um poema… como se fosse uma charada.
      - E o que era que estava escrito?
      - Algo como: Essa noite aconteceu, seu filho foi raptado, numa cidade procure se quiser encontrá-lo, cujo nome Bayherd, em grandes apuros a sociedade, seja breve e rápido se quiser a verdade – ambos ficaram pensativos.
      - Ou seja: - iniciou Michael - o Max foi raptado e foi levado à Bayherd, como diz o primeiro verso.
      Um grande silêncio tomou o ambiente.     
      - Eu só não entendi uma coisa – falou Robert afinal.
      - Eu acho que já sei qual é – disse Michael. – É a parte onde diz o seguinte: em grandes apuros a sociedade, não é?
      - É – confirmou Robert -, será que a mensagem está querendo nos informar algo sobre mais algum ataque terrorista?
      - É bem provável – concordou Michael. Depois pensou mais um pouco e perguntou: - Quem será que é esse “arqueiro misterioso”?
      - Boa pergunta. Ele pode estar nos enganando com essas informações para nos despistar… ou então pode ser alguém que está infiltrado na base desses nazistas nos passando esses avisos.
      Os dois pareciam pensar a mesma coisa, mas sentiam que, por detrás disso tudo, havia mais alguma coisa que eles ainda não sabiam ainda.

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