Departamento de Polícia do FBI: Washington, EUA – 7:03 p.m.
- Michael, se prepare! – disse o delegado depois que um de seus policiais entrou em sua sala ao seu chamado – Vou mandar você numa missão muito importante!
- Mas agora? – perguntou surpreso - Às pressas?
- Sim. Há cerca de dez minutos o filho do presidente foi sequestrado – informou ao policial, que se espantou.
- O meu irmão? Max?!! E onde ele estava na hora do seqüestro?
- Dentro da Casa Branca.
- Hã?! – Michael estranhou – E há alguma pista sobre seu paradeiro, Sr. Kendall?
- Apenas que ele foi levado a uma pequena cidade chamada Bayherd.
- Eu já ouvi falar desta cidade – lembrou Michael. – Mas enfim, como descobriram essa informação?
- Não sei – disse o delegado. – Pelo que me falaram o seu pai recebeu um recado escrito num bilhete amarrado à uma flecha.
- A pedido de resgate?
- Não. Pelo contrário – respondeu Kendall –, quem mandou queria ajudar, pois estava escrito que Max estava em Bayherd.
- Ou queria atrapalhar – disse o policial pensativo –, dando uma informação errada, querendo confundir as investigações.
- Mas não podemos descartar essa possibilidade, não é mesmo? Então, Michael, eu quero que você parta agora.
- Certo, mas antes eu vou pedir uma ajudinha.
O delegado ficou curioso.
Michael saiu da delegacia e foi ao estacionamento.
Entrou no seu Golf e se dirigiu pelas ruas alguns minutos, até chegar em frente à um prédio, cuja a parede estava sendo pintada. Saiu do carro, entrou no edifício, pegou o elevador e subiu até o 5° andar, onde apertou a campainha do apartamento n° 22.
Quem abriu a porta foi Robert Cuvarel, ex-policial federal. Os dois se cumprimentaram e Robert disse para Michael entrar. Michael sentou-se no sofá e Robert ofereceu-lhe um café:
- Não, não – falou o policial. – Muito obrigado. Eu vim mesmo apenas para te pedir uma coisa?
- Uma coisa? – perguntou Robert depois de se sentar.
- Sim, e tem a ver com policia.
A expressão de Robert mudou completamente. Antes feliz com a visita do amigo, agora triste e culpado com o que aconteceu há um ano.
- Sinto muito, Michael, não poderei ajudá-lo.
- Robert, me ouça – insistiu Michael –, eu fui mandado numa missão em Bayherd. Eu sei que você ainda se culpa pelo acidente ocorrido no metrô causado pelos nazistas – lembrou –, e eu descobri que há uma base deles nas redondezas dessa cidade que eu vou. É hora de dar o troco neles!
- E como isso pode curar minha culpa? – disse lamentando. – Todas aquelas pessoas… Elas não terão suas vidas de volta.
- Não, mas pense numa coisa. Se capturarmos eles, poderemos salvar outras vidas. Pessoas inocentes que poderão, no futuro, ser alvas deles como, por exemplo, o meu… irmão.
Robert se espantou com a notícia:
- O que aconteceu com o Max?
- Ele foi sequestrado. E há informações dizendo que se quisermos encontrá-lo precisamos ir a essa cidade…
- E você acha que as duas coisas se ligam – cortou Robert. – Você acha que foram esses nazistas quem o seqüestrou – Michael fez que sim. Robert pensou, pensou, até chegar à sua resposta: - Desculpe-me Michael – falou em tom de tristeza –, não poderei ajudá-lo.
Michael ficou realmente triste com a notícia. O Robert de antes não negaria uma missão dessas, mas o de agora… A vida dele acabara depois daquele acidente há um ano atrás, conhecido como O Atentado do Metrô. Apesar de não ser culpa dele, há um sentimento no ex-policial que o persegue desde então.
Michael entendeu a resposta e por fim falou:
- Não se preocupe, Robert, eu te entendo.
Michael saiu e Robert ficou realmente se sentindo culpado. Ele falhara naquela missão e se culpava muito por isso. Mas agora tinha sua chance de acabar com esse sentimento e salvar pessoas que poderão ser vítimas desses nazistas no futuro; mas e se falhasse novamente?
Esses pensamentos puseram o rapaz em completa indecisão. “O que faço agora, meu Deus?”, se perguntava repetitivamente, mas nunca chegava numa resposta definitiva.
Michael saiu do apartamento de Robert e desceu as escadas do prédio. Saiu do edifício e pegou a chave do seu carro. Desativou o alarme. Quando ele ia abrir a porta do Golf:
- Michael, espere! – alguém gritou.
Michael olhou para trás e viu que era Robert, que se aproximava:
- Eu pensei sobre o que você me disse – falou ao policial.
- E?…
- Cheguei à conclusão de que quero ir nessa jornada com você – Michael sorriu alegremente e esperançoso. – Vamos prender esses bandidos… custe o que custar!
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